Sínodo/Lisboa: Contrariar cultura do «individualismo» com uma «dinâmica do dom»

Cristãos devem estar atentos à realidade e às «oportunidades» de mudança, diz teólogo Juan Ambrósio

Lisboa, 16 mar 2015 (Ecclesia) – O professor Juan Ambrósio, da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, defendeu em Torres Vedras a necessidade de contrariar a atual cultura do “individualismo” com uma “dinâmica do dom”.

Durante uma sessão de preparação do Sínodo Diocesano de Lisboa, subordinada ao tema “Na crise do compromisso comunitário”, o docente frisou que diante deste desafio, não basta aos cristãos ficarem-se por um “olhar crítico do que está mal”.

É preciso “denunciar o que está mal”, analisar “conscientemente a realidade” e “descobrir nela oportunidades” de mudança.

“Sempre nesta perspetiva, de uma Igreja em saída, que vai às periferias, que é enviada a anunciar o amor de Deus à humanidade”, complementou.

Promovido pelo Instituto Diocesano de Formação Cristã (IDFC) do Patriarcado de Lisboa, a sessão de preparação do sínodo lisboeta decorreu este sábado, simultaneamente no Centro Pastoral de Torres Vedras, na igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa, e no auditório da paróquia das Caldas da Rainha.

Aberta ao público em geral, a iniciativa foi baseada na encíclica do Papa Francisco “A Alegria do Evangelho” e teve também como oradores o presidente do IDFC, cónego António Janela, e o padre Ivo Santos.

Francisco Vaz, membro da direção da Cáritas Portuguesa, que participou na conferência em Torres Vedras, destacou à ECCLESIA a importância de “envolver as pessoas na vertente da ação social”.

Um “compromisso inalienável” de toda a Igreja, de todos os cristãos, e não apenas de algumas organizações, salientou.

Apresentado pelo patriarca de Lisboa durante o dia da Igreja Diocesana, em Junho de 2014, o Sínodo pretende impulsionar na diocese o “sonho missionário” da Igreja Católica em “chegar a todos”, partilhado pelo Papa Francisco na exortação apostólica “A alegria do Evangelho”.

Previsto para novembro de 2016, o evento vai marcar ainda a celebração dos 300 anos da qualificação patriarcal de Lisboa.

JCP

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