Sínodo: Linha de comunicação do Papa foi decisiva para colocar a Igreja a «caminho»

Diretor da sala de imprensa da Santa Sé destaca enfoque dado à «escuta, liberdade de expressão e clareza»

Cidade do Vaticano, 23 out 2014 (Ecclesia) – O diretor da sala de imprensa da Santa Sé diz que a linha de comunicação que o Papa Francisco seguiu, durante o Sínodo dos Bispos dedicado à Família, foi decisiva para colocar a Igreja Católica a “caminho”.

Numa entrevista publicada pelo serviço informativo da Santa Sé, o padre Federico Lombardi destacou a forma como o Papa argentino “conseguiu envolver” a “Igreja a todos os níveis”, desde o Colégio Cardinalício aos presidentes das Conferências Episcopais, passando pelos “bispos, observadores e ouvintes” das comunidades.

Depois, já no decurso do Sínodo, a opção que Francisco tomou em privilegiar a “escuta, a liberdade de expressão e a clareza”, encorajando “todos a falarem sem a mínima preocupação daquilo que ele mesmo poderia pensar ou sentir”.

“Isto foi muito, muito apreciado e refletiu-se efetivamente sobre a dinâmica do Sínodo”, realçou o sacerdote.

Nos 15 dias em que decorreu a assembleia geral extraordinária dos bispos (entre 5 e 19 de outubro), o Papa pronunciou-se apenas em três ocasiões, na homilia da missa de abertura, na Missa de abertura, na primeira Congregação do Sínodo e no encerramento do encontro.

Para o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, “o discurso final” do Papa deu a “chave de leitura” que faltava para desvendar aquilo que “verdadeiramente o inspirou e motivou” a convocar o Sínodo sobre a Família.

Mais do que uma reflexão feita a partir de “uma perspetiva simplesmente humana ou de tensões internas”, Francisco propunha um “discernimento espiritual” à volta do posicionamento e das atitudes que a Igreja deveria tomar, face aos desafios pastorais colocados atualmente pelas famílias.

“E a Igreja efetivamente colocou-se num caminho de busca da vontade de Deus, à luz do Evangelho e à luz da fé, para encontrar respostas às questões mais vivas da família e em um certo sentido também da antropologia, da condição do homem e da mulher no mundo de hoje.”, salientou o padre Federico Lombardi.

Para aquele responsável, “este tema do discernimento espiritual permanece extremamente importante para a continuação do processo do Sínodo”, para a reflexão que culminará na assembleia ordinária de 2015.

Uma reflexão que o Papa, como “homem de fé”, certamente ajudará a chegar “a uma meta positiva”, concluiu.

JCP

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Agência ECCLESIA

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