Sínodo: «Igreja não é um clube fechado» e participantes da assembleia sinodal têm «exigências aos ombros» – padre Luís Marinho

«Viver no seguimento de Cristo, à luz do Evangelho, não se pode compreende sem o compromisso de cuidar da nossa casa comum», indica assistente mundial da Conferência Internacional Católica do Escutismo

Cidade do Vaticano, 30 set 2023 (Ecclesia) – O padre Luís Marinho, assistente mundial da Conferência Internacional Católica do Escutismo, disse que a vigília ecuménica convocada pelo Papa Francisco, lembra aos membros do sínodo, “as exigências que estão aos seus ombros”.

“A Igreja nunca se pode compreender a si mesma como um clube fechado. É neste contexto que começar um Sínodo dos bispos com este encontro de grande espírito ecuménico, com convocatória do Papa que faz aos novos cardeais, é para lembrar a todos os membros do Sínodo, as exigências que estão aos seus ombros. Uma Igreja missionaria, em saída, uma Igreja que é sacramento de salvação”, afirmou o responsável à Agência ECCLESIA.

O Vaticano recebe hoje uma vigília ecuménica de oração, pela 16ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que tem início no dia 4 de outubro, reunindo responsáveis de várias Igrejas e cerca de três mil jovens.

A oração comunitária, marcada para as 17h00, inclui momentos de escuta da Palavra de Deus, louvor e intercessão, cânticos de Taizé e silêncio, num “forte sinal de fraternidade, unidade e paz”, que será presidida pelo Papa Francisco, na presença do patriarca ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu, do arcebispo de Cantuária (Igreja Anglicana), Justin Welby, e de outros responsáveis de Igrejas e comunidades cristãs.

A cerimónia assume como ponto central a “celebração de gratidão em torno de quatro dons: gratidão pelo dom da unidade e pelo caminho sinodal, pelo dom do outro, pelo dom da paz e pelo dom da Criação”.

“O cuidado da terra, da casa comum, o cuidado do mundo, ouvir o grito dos pobres e o grito da terra, com o Papa Francisco e a encíclica ‘Laudato si’ encontrou uma consistência tão grande e uma coerência evangélica”, acrescenta o responsável escutista.

Lembra-nos que somos terra, não uma construção intelectual, mas parte da criação e temos esta missão de guardiães. Viver no seguimento de Cristo, à luz do Evangelho, não se pode compreende sem o compromisso de cuidar da nossa casa comum”.

O padre Luís Marinho dá conta do desejo de a Igreja “se colocar à escuta do Espírito”, no diálogo com todos, cumprindo desta forma a sua missão.

O assistente mundial da Conferência Internacional Católica do Escutismo destaca a importância do “método e a vivência escutista” no percurso de D. Américo Aguiar, novo cardeal português.

“É uma alegria grande ver um cardeal que assume esta missão na Igreja, tão marcado pela experiência escutista”, conclui.

Este foi o nono consistório do atual pontificado, após os realizados a 22 de fevereiro de 2014, 14 de fevereiro de 2015, 19 de novembro de 2016, 28 de junho de 2017, 28 de junho de 2018, 5 de outubro de 2019, 28 de novembro de 2020 e 27 de agosto de 2022.

Parceria Consistório e Sínodo/LS

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Agência ECCLESIA

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