Sínodo: Diretor das Obras Missionárias Pontifícias destaca diferenças entre países e continentes

Padre António Lopes diz que famílias devem ser compreendidas no seu contexto

Fátima, Santarém, 06 out 2014 (Ecclesia) – O diretor das Obras Missionárias Pontifícias afirmou que a família, principal campo de missão na Igreja, tem de ser entendida nos diversos contextos, “porque há desigualdades de pensamento”.

“Interessa no final verificarmos como é que a família pode ser missionária na sua própria família e não ficar apenas à espera que o missionário, o Papa ou os bispos orientem, mas como família, na minha própria família, com as dificuldades e dores, alegrias e esperanças posso ser missionário”, assinala o padre António Lopes, à Agência ECCLESIA.

O responsável considera que o Sínodo dos Bispos, a decorrer até 19 de outubro, vai ser “uma riqueza” e destaca que a família tem de ser entendida e contextualizada com a realidade onde cada um vive e aprende a “abrir-se aos outros”.

Nesse contexto, o entrevistado explica que as “desigualdades” provêm do “pensamento ser diferente” entre os diversos países e continentes e como exemplo conta a sua experiência no Togo, em África, onde o entendimento de núcleo familiar é diferente da Europa.

“No Togo há uma noção mais alargada de família. Eu faço parte da minha aldeia, da família do meu país. Por isso, quando se gera um filho não é só para a família mas para a tribo, para a aldeia, é uma visão muito mais alargada”, desenvolve o padre António Lopes.

 “[Na família] desenvolvo, aprendo e começo a dar os primeiros passos, não apenas físicos mas também os primeiros passos da minha relação com Deus”, acrescenta, em declarações que podem ser ouvidas hoje no programa de Rádio ECCLESIA, na Antena 1 da rádio pública, a partir das 22h45.

OC/SN/CB

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