É «absolutamente» necessário escutar a cidade e oferecer propostas «quantitativas e qualitativas», considera D. Manuel Clemente
Lisboa, 13 jan 2015 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa tem o “sonho missionário” de chegar a todos e, “muito em especial, nas cidades”, referiu, esta segunda-feira, numa conferência sobre o sínodo na capital portuguesa.
D. Manuel Clemente falou no auditório da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa sobre «Que sonho missionário?», num ciclo de conferências promovidas pela Paróquia de Santa Isabel e sublinhou que é fundamental chegar a todos “não apenas termos quantitativos mas, também, em termos qualitativos”.
A expressão «Que sonho missionário?» é do Papa Francisco e dos bispos sul-americanos no Documento da Aparecida e, agora da exortação apostólica «A alegria do evangelho» que serve de mote preparatório para o Sínodo de Lisboa de 2016.
O papa Francisco esteve numa grande cidade (Buenos Aires) e está noutra grande cidade (Roma) “está particularmente sensível a esta realidade da vida social em todo o mundo, cada vez mais urbana”, disse à Agência ECCLESIA.
Desde 2007, “pela primeira vez”, a população mundial vive “mais em cidades” do que foras destas, e isto agora “vai ser galopante”, realçou o patriarca de Lisboa que foi nomeado, recentemente, cardeal pelo Papa Francisco.
O viver na cidade “traz vantagens” porque as pessoas “estão mais perto de tudo”, mas existem também contingências devido ao anonimato destas e às “dificuldades de integração e às clivagens sociais”, frisou D. Manuel Clemente.
Esta alteração na paisagem humana “é um enorme desafio” para a pastoral e que “vai marcar o século XXI”, afirmou.
“É absolutamente necessário escutar a cidade enquanto cidade” para que se possa “acertar a oferta com a procura”, acrescentou o patriarca de Lisboa.
Convocado sensivelmente há um ano, D. Manuel Clemente considera que a preparação deste está a decorrer com “envolvência” e a “comprometer cada vez mais grupos e pessoas”.
A próxima conferência integrada nos «Encontros de Santa Isabel» vai ser dia 19 com o José Eduardo Borges de Pinho que aborda o tema «O Sínodo Diocesano: interpelações às comunidades cristãs locais».
LFS