Sínodo com muitas novidades

Presença de mulheres, preocupação ecuménica e discurso de Rabino no programa da reunião magna dos episcopados mundiais 253 delegados tomam parte, de 5 a 26 de Outubro, na XII Assembleia Geral ordinária do Sínodo dos Bispos, com mais tempo para intervenções livres e várias novidades de vulto, relacionadas com uma maior presença de O tema desta reunião magna dos episcopados mundiais, escolhido por Bento XVI, será “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”. Em conferência de imprensa realizada no Vaticano, o secretário-geral do Sínodo, D. Nikola Eterović, destacou a importância da “discussão livre” neste encontro. O espaço para este debate acontece entre as 18h00 e as 19h00 de cada dia de trabalhos (hora local, menos uma em Lisboa). Portugal terá como delegados D. Anacleto de Oliveira, Bispo Auxiliar de Lisboa, e D. António Bessa Taipa, Bispo Auxiliar do Porto. Cada padre sinodal terá à sua disposição cinco minutos para a sua “intervenção oficial”. Logo a 6 de Outubro, haverá momentos livres de debate após cinco relações, de 10 minutos cada, sobre a forma como cada continente acolhe a Bíblia. Esta novidade metodológica permitirá ter informações “mais precisas” sobre a realidade da Igreja nos quatro cantos do mundo. Neste Sínodo tomam parte, além dos 253 delegados – 51 de África, 62 da América, 42 da Ásia, 90 da Europa e 9 da Oceânia – 41 peritos (de 23 países), 37 auditores (de 26 países) e representantes de 10 Igrejas e comunidades eclesiais não católicas. Entre as novidades desta assembleia sinodal, destaca-se a presença de 25 mulheres (6 peritas, 19 auditoras). Facto histórico é a intervenção, prevista para 6 de Outubro, do Rabino Yashyv Cohen, que irá falar da forma como o povo judaico lê e interpreta a Escritura, em grande parte partilhada pela Igreja. Será a primeira vez que um não cristão toma a palavra num Sínodo dos Bispos. No dia 18 de Outubro, Sábado, terá lugar uma cerimónia ecuménica, presidida pelo Papa Bento XVI e o Patriarca de Constantinopla (Ortodoxo), Bartolomeu I que, num gesto também inédito, se irá dirigir aos padres sinodais. O Papa irá presidir, durante o Sínodo, a quatro celebrações eucarísticas, a primeira logo no Domingo, 5 de Outubro, na Basílica de São Paulo fora de muros – a primeira vez que um Sínodo dos Bispos sai da Basílica de São Pedro, como forma de assinalar o Ano Paulino. A cerimónia conclusiva acontece a 26 de Outubro. Antes, Bento XVI preside à canonização de quatro beatos, a 12 de Outubro, e três dias antes, à Missa que assinala o 50.º aniversário da morte de Pio XII. D. Nikola Eterović explicou ainda que a presença de Bispos chineses se limita aos de Hong Kong e Macau porque “não foi possível chegar a um acordo com as autoridades” da China continental. Mais informações • Sínodo dos Bispos

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