Sínodo: A sinodalidade é um “desafio que nos chegou muito pelas mãos do Papa Francisco”

A sinodalidade expressa-se “não só nas reuniões, mas é sobretudo uma maneira de ser, uma forma de estar em Igreja” – Rafael Oliveira

Lisboa, 16 jun 2025 (Ecclesia) – Rafael Malaquias Oliveira que concluiu o seu ciclo de estudos do Mestrado Integrado em Teologia, com a tese «Os leigos numa Igreja sinodal. Um itinerário eclesiológico: da “hierarcologia” à corresponsabilidade» considera que a sinodalidade é um “desafio que nos chegou muito pelas mãos do Papa Francisco”.

No fundo, a sinodalidade é este desafio que nos chegou muito pelas mãos do Papa Francisco, já vinha detrás, mas o Papa Francisco colocou o tema em cima da mesa e no fundo a sinodalidade é esta forma própria de ser da Igreja que caminha em conjunto para a mesma meta”, disse Rafael Oliveira à Agência ECCLESIA.

A sinodalidade expressa-se “não só nas reuniões, mas é sobretudo uma maneira de ser, uma forma de estar em Igreja”.

Os leigos participam nesta caminhada sinodal, mas “ainda há trabalho a fazer” porque, “fruto de uma herança histórica”, existe a esta ideia de que “na Igreja há os que ensinam e há os que aprendem, há os que dão as ordens e há os que as cumprem, e a sinodalidade vem baralhar um bocadinho estas ideias”, frisou.

A sinodalidade vem dizer que “todos têm alguma coisa para ensinar e todos têm alguma coisa para aprender, desde os fiéis aos bispos ao Papa”, afirmou Rafael Oliveira.

“Os leigos podem assumir lideranças” não apenas pela falta de padres.

Uma investigação que partiu “no lugar dos leigos na Igreja”, mas nem sempre “se pensa no que é a Igreja”.

“Portanto, a minha pergunta evoluiu de qual é o lugar dos leigos na Igreja, para qual é a visão de Igreja que dá aos leigos o seu justo lugar”, salientou o investigador.

“Todos somos corresponsáveis, ninguém fica de parte e este diferenciado indica que cada um é corresponsável de acordo com o ministério que recebeu, a missão, o seu estado de vida, portanto todos responsáveis numa única missão da Igreja que é evangelizar cada um a seu modo”, disse Rafael Oliveira que vai ser diácono, em Aveiro, dia 20 de julho.

Para o investigador, “o estar ao serviço é estar à escuta” por isso é fundamental “pensar o lugar do padre, o lugar do ministro ordenado na igreja hoje”, afirmou ao Rafael Oliveira ao Programa ECCLESIA emitido esta segunda-feira na RTP2

PR/LFS

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