Comissão Sinodal Diocesana publicou a síntese das ressonâncias ao Documento Final, dos seus encontros vicariais

Setúbal, 25 jun 2025 (Ecclesia) – A Diocese de Setúbal informa que uma pastoral do mundo do trabalho e dos pobres, e a participação dos jovens nos processos de decisão são algumas das “propostas mais marcantes” das vigararias ao documento final do Sínodo dos Bispos.
“Os encontros vicariais demonstraram o desejo de uma concretização prática do caminho sinodal. A diversidade das contribuições revela, no entanto, uma profunda unidade de propósitos: construir comunidades mais acolhedoras, participativas, missionárias e transparentes”, explica a Comissão Sinodal Diocesana de Setúbal, na Síntese das Ressonâncias ao Documento Final do Sínodo dos Bispos, enviada esta quarta-feira, dia 25 de junho, à Agência ECCLESIA.
A Diocese de Setúbal informa que a criação de “uma pastoral dedicada ao mundo do trabalho e aos pobres”, e a “valorização” dos jovens nos processos de decisão eclesial, surgem como algumas das propostas “mais marcantes” das escutas realizadas nas seis vigararias, entre 27 de fevereiro e 30 de março, no âmbito do processo sinodal em curso na Igreja Católica.
Na síntese das ressonâncias diocesana ao Documento Final do Sínodo dos Bispos destacam-se algumas palavras como “formação”, seis vezes – para acolher o desconhecido e promover a inclusão; para todos os leigos; adequada e adaptada aos diferentes ritmos de caminhada; dos leigos e do clero, redescobrindo o Batismo; para todos os agentes pastorais -, enquanto as palavras “acolhimento” e “acolher”, respetivamente sete e cinco vezes, e ‘diálogo’ quatro vezes.
A XVI Assembleia Geral do Sínodo, cuja segunda sessão decorreu de 2 a 27 de outubro de 2024, teve como tema ‘Por uma Igreja sinodal: participação, comunhão, missão’; o processo começou com a auscultação de milhões de pessoas, pelas comunidades católicas, em 2021, e a primeira sessão sinodal decorreu em outubro de 2023.
O Papa Francisco promulgou o documento final e enviou-o às comunidades católicas, sem publicação de exortação pós-sinodal, uma possibilidade prevista na constituição apostólica ‘Episcopalis communio’; um mês depois, publicou uma “nota de acompanhamento” do documento final.
A Comissão Sinodal Diocesana informa que participaram nestas reuniões vicariais 211 pessoas representantes das diferentes paróquias e comunidades – fiéis leigos (187), sacerdotes (21), diáconos (2) e um cristão protestante -, e foi promovida a “escuta ativa das comunidades”, seguindo o método sinodal que tem marcado “este tempo de renovação eclesial”.
A Diocese de Setúbal publicou, na sua página na internet, o relatório do seu organismo sinodal diocesano com a síntese das “principais ressonâncias” de cada uma das seis vigararias (conjunto de paróquias) – Almada/Caparica, Seixal, Palmela/Sesimbra, Montijo, Barreiro/Moita e Setúbal -, que pretendem “espelhar o que foi escutado, mas também impulsionar ações concretas nas comunidades locais”.
A comissão diocesana de Setúbal, criada no âmbito do Sínodo dos Bispos 2021-2024 dedicado à sinodalidade, assinala que as ressonâncias das seis reuniões vicariais são um convite “a passar do discernimento à ação, da escuta à transformação, da estrutura à comunhão viva”.
A Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos lançou “um caminho de acompanhamento e avaliação da fase de implementação” do processo sinodal, no dia 15 de março, e convocou uma Assembleia Eclesial, no Vaticano, em outubro de 2028.
CB/OC