Sínodo 2021-2024: Etapa continental chega ao fim, encerrando fase de consulta das comunidades católicas

Primeira sessão da XVI Assembleia Sinodal vai decorrer em outubro

Foto: CCEE

Cidade do Vaticano, 01 abr 2023 (Ecclesia) – O Vaticano assinalou hoje o final da etapa continental do Sínodo 2021-2024, convocado pelo Papa, que marca o encerramento da fase de consulta às comunidades de todo o mundo.

“Na sexta-feira, 31 de março de 2023, a Etapa Continental terminou oficialmente: a segunda fase do processo sinodal e com ela também a fase de consulta em grande escala o Povo de Deus. Depois da Etapa Local (diocesana e nacional), a inclusão de um tempo de escuta, diálogo e discernimento entre as Igrejas da mesma área geográfica representou uma novidade adicional neste processo sinodal”, refere um comunicado do Secretariado Geral do Sínodo, enviado à Agência ECCLESIA.

Segundo os responsáveis do Vaticano, esta nova etapa “não se limitou à celebração de sete assembleias continentais, mas foi um verdadeiro processo de escuta e discernimento a nível continental, sobre a mesma e única questão do processo sinodal como um todo”.

A organização desta parte do processo e as respetivas assembleias sinodais continentais foram confiadas aos Comités Organizadores locais, em sete encontros regionais que decorreram desde o início de fevereiro até ao fim de março,

Os sete documentos continentais “constituirão a base do ‘Instrumentum Laboris’, o documento de trabalho para a primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos”, marcada para outubro deste ano.

A conclusão desta fase de consulta não significa o fim do processo sinodal para o Povo de Deus que começou, nem significa a interrupção do diálogo entre a Igreja Universal e a Igreja particular. Pelo contrário, significa deixar às comunidades locais o desafio de pôr em prática essas ‘reformas sinodais’ no quotidiano da sua ação eclesial”.

 

A etapa continental europeia decorreu em Praga, onde foi lançada a proposta para uma Assembleia Eclesial para a Europa, possivelmente em 2025, nos 60 anos da constituição pastoral ‘Gaudium et Spes’, sobre a Igreja e o mundo, do Concílio Vaticano II.

Os participantes desejam uma Igreja “mais fraterna” e menos “clerical, fria e burocrática”, capaz de valorizar o contributo dos jovens.

O texto de síntese citou o contributo da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), no qual se apontava a necessidade de tornar as paróquias um lugar de verdadeira “cultura sinodal”, onde “todos são convidados a participar, a manifestar-se, a dar o contributo para a ação pastoral, em conselhos ou assembleias, assumindo efetiva corresponsabilidade”.

A proposta de um “novo estilo de ser Igreja” aponta à importância de criar “espaços para a experimentação” para soluções pastorais.

O relatório português foi também citado a respeito da importância de “dialogar com a cultura e com o pensamento contemporâneo, em temas como a inteligência artificial, a robótica ou as questões de identidade de género (LGBTQIA+)”.

“Não basta dizer que são bem-vindos, é preciso descobrir com eles o seu lugar na Igreja”, indica a síntese dos trabalhos.

A primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos vai decorrer de 4 a 29 de outubro de 2023; Francisco decidiu que a mesma terá uma segunda etapa, em 2024.

O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja.

OC

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Agência ECCLESIA

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