Sínodo 2015: Assembleia «não é um duelo» entre «conservadores» e «progressistas»

D. Manuel Linda afirmou na Missa do Dia Mundial das Missões que os problemas internos da Igreja resolvem-se com uma organização «missionária»

Carnaxide, Lisboa, 18 out 2015 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização afirmou hoje que os problemas da Igreja em Portugal são ultrapassados se se organizar “de maneira missionária” e que o sínodo não é um “duelo” entre “conservadores” e “progressistas”.

“O Sínodo não é um duelo entre os ditos conservadores e progressistas, mas a resposta ou não aos desafios dos sinais dos tempos”, disse D. Manuel Linda na Missa de celebração do Dia Mundial das Missões, na paróquia de Carnaxide, em Lisboa.

Para o presidente da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização “não está em causa – nem poderia estar – mudar qualquer aspeto doutrinal sobre o matrimónio”.

D. Manuel Linda considera que o objetivo do Sínodo dos Bispos sobre a Família pretende, “com a condução sábia e generosa do Papa Francisco”, que “toda a Igreja tome consciência” de que em causa não está “chamar os justos”, mas “os pecadores”.

“Igreja de Deus, como dás seguimento concreto a esta linha orientadora que vem desde a tua fundação?”, interrogou D. Manuel Linda.

Na Missa do Dia Mundial das Missões, o presidente da Comissão Episcopal que dinamiza a evangelização lembrou que a Igreja em Portugal só ultrapassa os problemas internos se se organizar de “maneira missionária”

“Igreja que estás em Portugal, organiza-te de maneira missionária e verás que muitos dos teus problemas se ultrapassarão. Verás que a ‘missão no exterior’ só gera ânimo para a ‘missão no interior’”, sublinhou.

Para o presidente da Comissão Episcopal Missões e Nova Evangelização, “os missionários não se fabricam por encomenda”, mas “surgem espontaneamente quando as paróquias, as comunidades crentes, os cristãos no seu conjunto” assumirem “uma militância destemida” e uma “fé assumida e inegociável”.

D. Manuel Linda referiu-se ainda aos cristãos perseguidos e aos refugiados que chegam à Europa, provenientes especialmente do Médio Oriente, defendendo que o “acolhimento dos “mártires do nosso tempo” não pode “ficar refém de temores de quem possa vir no meio deles, mas é tarefa urgente que se nos impõe em nome do humanismo e da fé”.

A Missa do Dia Mundial das Missões foi celebrada na paróquia de Carnaxide, em Lisboa, e transmitida pela TVI, com a presença de uma delegação da Fundação Ajuda á Igreja que Sofre que acolhe nestes dias a irmã Annie Demerjian, a residir em Aleppo, Síria, e o bispo de Zaria, na Nigéria, D. George Jonathan Dodo.

PR 

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Agência ECCLESIA

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