Sinais de descristianização na Europa

Bento XVI manifestou hoje a sua profunda preocupação com o considera serem “sinais evidentes de descristianização” na Europa e no mundo, elencando entre estes sinais situações como a crise do matrimónio e da família, o aumento dos divórcios e dos abortos ou a possibilidade de união entre pessoas do mesmo sexo. Recebendo no Vaticano os Bispos da Suíça, em visita “ad limina”, o Papa referiu que “o avanço da secularização e do relativismo comporta não só uma diminuição na frequência dos Sacramentos, sobretudo da participação na Missa dominical, mas também o pôr em discussão dos valores morais propostos pela Igreja”. Foi neste contexto que Bento XVI se referiu, em concreto, à “profunda crise da instituição do matrimónio e da família, o crescente número de divórcios, os numerosos abortos, a possibilidade de união entre pessoas do mesmo sexo”, como “sinais evidentes de descristianização”. “Muitos dos nossos contemporâneos vivem como se Deus não existisse”, sublinhou Bento XVI, convidando os Bispos suíços a transmitirem com crescente vigor “a Palavra de Deus e a mensagem cristã”, pedindo ainda “unanimidade” nas tomadas de posição sobre questões teológicas e morais. O Papa lamentou que alguns católicos se “arroguem o direito de escolher, em matérias de fé, os ensinamentos que, segundo eles, são admissíveis e os que podem ser recusados”. Os problemas litúrgicos e a crise de vocações sacerdotais foram outros temas abordados neste encontro. Redacção/RV NOTA: A sala de imprensa da Santa Sé esclareceu, após ter publicado este discurso, que o mesmo acabou por não ser proferido pelo Papa, que falou de improviso aos Bispos Suíços. O discurso publicado pela Santa Sé estava preparado já desde 2005, altura em que decorria a visita “ad limina” do episcopado da Suíça, interrompida pela progressiva deterioração da saúde de João Paulo II. Por isso, onde se lê Bento XVI, deve ler-se João Paulo II, o Papa que deveria ter proferido este discurso.

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