Símbolos de fé, construtores da civilização

D. Joaquim Gonçalves aponta, na sua mensagem pascal, que os símbolos de fé, são também construtores da civilização. Crucifixo, sacrário e o lava pés são ícones “cimeiros das igrejas”. O crucifixo que “enche todas as igrejas por dentro e por fora”, que está também presente “nos caminhos das terras cristãs e nas páginas dos poetas portugueses”. O sacrário “ocupa o centro dos altares maiores das nossas igrejas clássicas ou de outro espaço nobre das igrejas novas e das Sés e igrejas de turismo”, sendo que o “lava-pés é menos frequente”. O Bispo de Vila Real sublinha a “urgência destes três ícones clássicos da Páscoa” são “hoje dinâmica interna da pastoral da Igreja mas também nos dinamismos sociais”, explica. “Tendemos hoje para uma religião e uma civilização sem sacrifício, sem esforço e conversão”, numa cultura «light». Esta mentalidade “invadiu o processo catequético da fé quando se deseja a festa sem a conversão anterior, os sacramentos sem catecumenado, e a Eucaristia sem reconciliação sacramental, o matrimónio sem castidade”, aponta D: Joaquim Gonçalves. Por isso, se assiste a “centenas de cidadãos anarquizados que desrespeitam pais e professores”, aponta, garantindo que “é preciso voltar ao Crucifixo, ao esforço que esse ícone recorda sempre”. O Sacrário, “que traz consigo o mistério da Eucaristia, é por excelência o sinal e a fonte da vida”, foi colocado pela arte cristã portuguesa, “no lugar mais alto das igrejas”, indica o Bispo de Vila Real que aponta a Exortação Apostólica de Bento XVI, onde é evidenciada a vida como “algo sagrado que está acima de tudo, acima da vida do militar e do bombeiro, do conforto da mulher, do interesse do médico, das conveniências dos políticos, do jogo dos economistas, do prazer dos mundanos”. O Lava-pés é o símbolo “assumido por Jesus na Ceia para falar do exercício do poder, religioso ou humano”, explica D. Joaquim Gonçalves. O Bispo de Vila Real sublinha que todo o poder – político, económico e sexual -, em família e na sociedade, na escola e no trabalho, “só faz sentido de joelhos, a servir, a lavar os pés dos outros e do bem comum. O poder faz-se autoridade legítima quando faz «crescer»”. Se assim não for “o poder é um explosivo que destrói quem o exerce em proveito próprio”, aponta. “Os três ícones da Páscoa formam um só ícone”, sublinha o bispo de Vila Real, por isso finaliza dizendo que “os ícones da fé são também os ícones da civilização verdadeiramente humana”. Notícias relacionadas Os ícones da fé são os ícones da civilização

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