A confederação internacional da Cáritas pediu aos governos e as companhias farmacêuticas de todo o mundo que invistam mais no cuidado das crianças com SIDA.
O apelo é deixado numa mensagem da organização católica para o Dia Mundial de Luta contra esta doença, a 1 de Dezembro.
A «Caritas Internationalis» defende ainda uma maior aposta na prevenção da transmissão do vírus da imunodeficiência adquirida (VIH) entre mãe e filho.
“Temos de dar às crianças com VIH uma oportunidade para viver”, indica o cardeal Oscar Rodríguez Maradiaga, presidente da organização.
A Cáritas considera que há muitas crianças e mulheres “deixadas para trás” na luta contra a SIDA.
Em 2009, a organização lançou a campanha “HAART” (Highly Active Anti-Retroviral Therapy – terapia antiretroviral altamente activa), com o objectivo de salvar da SIDA 800 crianças por dia, promovendo um maior acesso a testes e tratamento do VIH para os menores.
Segundo a Cáritas, são necessários medicamentos mais baratos e testes mais eficazes nos países mais pobres.
Todos os anos cerca de 370 mil crianças menores de 15 anos contraem o HIV, a maioria através da transmissão mãe-filho. Cerca de 90% dessas infecções produzem-se em África.
Os religiosos e religiosas da Igreja Católica são responsáveis pelos cuidados e a assistência a 27% dos doentes de SIDA em todo o mundo.
Os institutos religiosos estão empenhados em várias frentes: tratamento médico, prevenção geral, prevenção da transmissão mãe-filho, cuidados dos órfãos e das famílias atingidas, assistência espiritual, educação sexual e, por fim a pesquisa, em especial para se encontrar uma vacina contra a doença.