Organização católica acompanha Conferência Internacional, em Viena
A confederação internacional da Cáritas alertou para o impacto negativo dos cortes de fundos nos tratamentos dos doentes afectados pelo HIV/SIDA.
Segundo Robert Vitillo, especialista da Caritas Internationalis para este campo, a falta de dinheiro poderá travar os programas em curso, um pouco por todo o mundo.
“Se as pessoas não tiverem acesso ao tratamento, iremos regressar aos anos 80 do século passado, quando não havia suficientes camas de hospital e as pessoas morriam sem terem recebido qualquer cuidado”, alerta.
A organização católica acompanha a XVIII Conferência Internacional sobre SIDA que decorre em Viena, Áustria, até 23 de Julho, sob o tema “Os Direitos Aqui e Agora”.
Segundo Vitillo, há já pessoas sem acesso a tratamentos em vários dos países que visitou, como o Uganda, por causa da falta de fundos.
“Negligenciar o HIV/SIDA irá pôr milhões de vidas humanas em risco, nos países pobres”, assinala o especialista, em declarações ao site Caritas.org.
A Cáritas diz que há programas de tratamentos que já não recebem inscrições de novos doentes.
Além dos cuidados médicos, a organização católica teme cortes nos apoios aos órfãos e crianças vulneráveis.
Em Viena, a Confederação Internacional da Cáritas vai encerrar a sua campanha “HAART” (Highly Active Anti-Retroviral Therapy – terapia antiretroviral altamente activa), com a qual a organização católica para a solidariedade e a ajuda humanitária interpelou governos e companhias farmacêuticas.
Mais de 2000 assinaturas serão entregues a um representante do governo austríaco.
Todos os anos cerca de 370 mil crianças menores de 15 anos contraem o HIV, a maioria através da transmissão mãe-filho. Cerca de 90% dessas infecções produzem-se em África