Bispo do Porto lembrou doentes, emigrantes e os que «não têm trabalho que os realize ou sustente»
Porto, 06 abr 2012 (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou esta sexta-feira que o sofrimento, a tortura e a morte de Jesus continuam hoje no desemprego, na saída para o estrangeiro e na dificuldade de constituir e manter os laços familiares.
“Nesta mesma hora em que revivemos a Paixão de Jesus, ela continua no mundo; nos que estão doentes, nos que não têm trabalho que os realize e sustente, nos que emigram sem condições nem garantias; nas famílias desfeitas e nas que nem conseguem constituir-se, por falta de formação ou apoios de vária ordem”, indicou D. Manuel Clemente na celebração desta Sexta-feira Santa, na Sé do Porto.
Segundo o prelado, o homem reduz a realidade “à sua própria dimensão”, conforme “desejável ou compensatório, aos outros que diretamente nos caibam ou sirvam, àquilo que individualmente projetamos e apetecemos”.
A incapacidade de reconhecer a “verdadeira dimensão humana, como a partir de Deus se configura”, leva o homem a “tantos séculos volvidos” a procurar entender-se “afinal a si mesmo”, no que deve ser.
Para D. Manuel Clemente a voz de Deus “é mais forte do que as nossas dúvidas”, pois, indica “a sua resposta é integral, numa vida oferecida e assim mesmo salva e salvadora”.
“Encontrar o pastor e a sua cruz” pede conformidade “com a verdade recebida e alcançada”, disse o bispo do Porto; exige “conversão” e “testemunho ativo junto de quem O não conheça e assim mesmo O espere”.
“Assim acontecerá com outros, se os aproximarmos do mesmo pastor”, finalizou.
LS