Sexta-feira Santa: Católicos evocam morte de Jesus e rezam pelas vítimas da guerra

Dia marcado pelo jejum, adoração da Cruz e Via-Sacra

Lisboa, 15 abr 2022 (Ecclesia) – A Igreja Católica evoca hoje, Sexta-feira Santa, a morte de Jesus, este ano com oração especial pelo “dom da paz para a Ucrânia” e as vítimas de “todos os outros conflitos, infelizmente numerosos, em muitos países do mundo”, por indicação do Vaticano.

“Na oração universal invocaremos o Senhor pelos governantes (oração IX), para que ilumine as suas mentes e corações para buscar o bem comum em verdadeira liberdade e em verdadeira paz, e por aqueles que estão em provação (oração X), para que todos possam experimentar a alegria de ter encontrado a ajuda da misericórdia do Senhor”, refere uma nota enviada aos bispos diocesanos pela Congregação para o Culto Divino.

A Santa Sé pede que esta oração se faça em prol dos irmãos “que vivem a atrocidade da guerra, especialmente na Ucrânia”.

Para esta Sexta-feira Santa, a Congregação para o Culto Divino cita a indicação do Missal Romano – “em caso de grave necessidade pública, pode o ordinário do lugar autorizar ou até decretar que se junte uma intenção especial”.

A Igreja Católica evoca a morte de Jesus, num dia de jejum para os fiéis, que não celebram a Missa, mas uma cerimónia com a apresentação e adoração da cruz.

A principal celebração decorre durante a tarde, perto da hora em que se acredita que Jesus terá morrido, nas igrejas desnudadas desde a noite anterior.

Ao entrarem, em silêncio, os presidentes da celebração prostram-se, bem como os demais ministros, em sinal da morte de Cristo.

A parte inicial da celebração, a Liturgia da Palavra, tem um dos elementos mais antigos da Sexta-feira Santa, a grande oração universal, tradicionalmente com dez intenções – este ano, 11 – que procuram abranger todas as necessidades e todas as realidades da humanidade.

A adoração à cruz e os vários momentos de oração apresentam-se como momentos de penitência e de pedido de perdão.

Durante a celebração da Paixão do Senhor há o rito da adoração, mas este ano omite-se o beijo devocional da Cruz, por razões de saúde pública; o sacerdote que preside à celebração está paramentado com a cor vermelha, que a liturgia católica associa aos mártires.

OC

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