No ano pastoral dedicado à instituição familiar, D. António Francisco dos Santos quer diocese próxima de quem mais sofre
Aveiro, 07 abr 2012 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro lembrou esta sexta feira a dificuldade das famílias que sofrem o “desemprego e a pobreza” mas “receiam pedir ajuda” e têm vergonha ao confrontar-se com uma vida “sóbria”.
Num mundo de “vitórias fáceis e êxitos imediatos”, muitos foram levados a pensar que “os que choram, os que sofrem, os que não produzem não têm lugar”; “quem já esteve bem e agora sofre no desemprego ou na pobreza tem receio de pedir ajuda; quem já viveu com abundância e agora sente limitações tem vergonha de ser sóbrio”, afirmou D. António Francisco dos Santos na celebração de Sexta-feira Santa na Sé de Aveiro.
Segundo o prelado o ser humano aprendeu a “usar tecnologias e a desvendar horizontes” que levam mais longe mas deixou de saber ler “os sentimentos dos vizinhos” e perdeu espaço e tempo “para as lágrimas humanas dos mais próximos”.
É desejo do bispo de Aveiro que a “dor e as dificuldades” das famílias possam ser partilhadas por todas as “instituições diocesanas, comunidades cristãs, movimentos apostólicos de espiritualidade familiar e pessoas atentas e de boa vontade”, em especial neste ano que a diocese dedica à instituição familiar.
Para D. António Francisco dos Santos “só a Palavra de Deus” pode ajudar a rezar e a iluminar a compreensão do “sofrimento de tantos irmãos nossos, para quem o peso da cruz se torna, nos nossos dias e nas circunstâncias sociais em que vivemos, mais pesada e dolorosa”.
LS