Seul 2027: Timor-Leste recebe peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude

«É um sinal de esperança e de unidade ; a Cruz é a nossa esperança», afirmou o arcebispo de Díli, D. Virgílio do Carmo da Silva

Dili, 25 ago 2025 (Ecclesia) – Os dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a Cruz e o ícone de Nossa Senhora, estão em Timor-Leste, tendo chegado a Díli este sábado, dia 23, para peregrinar pelo país lusófono até 30 de agosto.

“A sua passagem é um sinal de esperança e de unidade para que a juventude católica do continente, embora minoritária, seja forte e resiliente”, disse o arcebispo de Díli, este sábado, na cerimónia de acolhimentos dos dois símbolos da JMJ, na Catedral da Imaculada Conceição, citado pela Tatoli, a Agência Noticiosa de Timor-Leste.

O cardeal D. Virgílio do Carmo da Silva referiu que a próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude, o encontro mundial de jovens organizado pela Igreja Católica, em 2027, “realizar-se-á na Coreia do Sul”, na capital Seul, “e, antes desse grande encontro, durante os próximos dois anos a Cruz Peregrina percorrerá toda a Ásia”.

«A Cruz é a nossa esperança», afirmou o arcebispo de Díli, que lembrou que é a segunda vez que o país recebe estes dois símbolos, a primeira foi pela JMJ Sidney (Austrália) 2008, presidida pelo Papa Bento XVI com o tema ‘Recebereis a força do Espírito Santo, que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas’.

Foto Média Diocese de Baucau

A Arquidiocese de Díli informa que a cruz peregrina e o Ícone mariano Salus Populi Romani da Jornada Mundial da Juventude, chegaram à capital timorense este sábado, dia 23 de agosto, e foram recebidos no Aeroporto Presidente Nicolau Lobato, pelo cardeal Virgílio do Carmo da Silva, com o clero, religiosos, e fiéis.

Seguiu-se uma procissão com os dois símbolos da JMJ do aeroporto para a catedral de Díli, com a presença de muitos timorenses que rezaram e cantaram ao longo do percurso, “como expressão de alegria por receberem o Espírito Santo em Timor”, acrescenta a Diocese de Baucau.

Em frente à catedral da Arquidiocese de Díli foi realizada uma nova cerimónia de acolhimento, segundo o costume timorense, antes da Cruz Peregrina e o Ícone Salus Populi Romani serem levados para o interior da igreja.

Os dois símbolos da JMJ estão em peregrinação por em Timor-Leste até ao dia 30 de agosto, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude Seul 2027, que vai decorrer de 3 a 8 de agosto, com o tema ‘Coragem! Eu venci o mundo.’ (João 16:33).

A organização da JMJ Seoul 2027, a arquidiocese da capital sul-coreana, informa que os símbolos começaram a sua peregrinação pelo Bangladesh, depois o Japão, as Filipinas, e Taiwan, antes de Timor-Leste, acrescenta a Arquidiocese de Díli.

Este encontro mundial de jovens regressa à Ásia 32 anos depois de Manila, nas Filipinas, ter recebido a Jornada Mundial da Juventude (10-15 de janeiro de 1995), a única cidade asiática que recebeu o encontro mundial de jovens e detém o recorde de participantes, estimado em mais de 5 milhões de pessoas.

OC/CB/PR

Foto: Lusa/EPA

A Jornada Mundial da Juventude nasceu por iniciativa de São João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma; nesse Ano Internacional da Juventude, o Papa polaco escreveu uma Carta Apostólica aos jovens do mundo (31 de março de 1985) e depois anunciou a instituição da JMJ (20 de dezembro de 1985)

Este é um acontecimento religioso e cultural que reúne jovens de todo o mundo, durante uma semana; cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano (inicialmente no Domingo de Ramos e atualmente na solenidade litúrgica de Cristo-Rei), alternando com um encontro internacional, numa grande cidade; até hoje houve 15 edições internacionais em quatro continentes.

Lisboa acolheu a última edição internacional da JMJ, entre 1 e 6 de agosto de 2023, com mais de 1,5 milhões de participantes nas celebrações conclusivas, presididas por Francisco no Parque Tejo, e entregou os dois símbolos, aos jovens sul-coreanos, a 24 de novembro de 2024, no Vaticano.

Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo.

A réplica do ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, foi introduzida pelo Papa João Paulo II, em 2000, e entregue aos jovens três anos depois; o original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

 

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