Setúbal: Renúncia quaresmal vai apoiar refugiados

«Poupar com esforço e privação faz bem e é precioso para ajudar quem não tem o necessário para a vida», diz D. José Ornelas

Setúbal, 10 fev 2016 (Ecclesia) – A Diocese de Setúbal quer fazer da Quaresma um espaço privilegiado de solidariedade para com os mais carenciados, tendo em especial atenção os milhões de refugiados em todo o mundo.

Na sua mensagem para este tempo litúrgico, que começa hoje com a celebração das Cinzas, o bispo de Setúbal desafia as comunidades locais a serem amparo para quem mais precisa, recordando os milhões de “refugiados que fogem dos conflitos” e que esperam por uma luz “para reconstruírem a sua vida e a das suas famílias”.

“É tempo de deixar de fora o supérfluo, que tantas vezes atrapalha e torna fútil e egoísta a nossa vida. Aquilo que podemos poupar, também com esforço e privação, faz bem a nós próprios e é precioso para ajudar quem não tem o que é necessário para a vida”, salienta D. José Ornelas Carvalho.

A segunda parte da renúncia quaresmal deste ano, na diocese sadina, vai ser utilizada para a concretização das “obras do Centro Paroquial da Comporta, que se encontra em fase de conclusão”.

D. José Ornelas Carvalho pede às pessoas que sejam “sinais concretos” da “renovação” que marca a Quaresma, “tempo de autenticidade, vitalidade, solidariedade (…) durante o qual Deus convida as pessoas a tomarem mais a sério a vida, em todas as suas dimensões”.

“Buscando ser coerentes e honestos, afastando aquilo que nos destrói e destrói as relações com aqueles que nos rodeiam e caminhando pela via da verdadeira liberdade, alegria e fraternidade”, frisa o responsável católico.

A Quaresma deste ano tem a particularidade de coincidir com o Jubileu da Misericórdia que o Papa Francisco propôs a toda a Igreja Católica, como oportunidade de revitalização e reconciliação.

Para reforçar a vivência deste evento, “em cada pessoa, em cada família, em cada paróquia e na diocese”, o bispo de Setúbal propõe mais dois sinais, além da “contribuição económica” a favor dos mais necessitados.

O prelado espera que todas as pessoas possam “tomar parte numa das peregrinações jubilares já anunciadas pelas paróquias, vigararias ou movimentos”.

Apela também à participação “nas catequeses quaresmais, que terão lugar aos domingos à tarde, até ao domingo de Ramos”.

A Quaresma, que se inicia com a celebração de Quarta-feira de Cinzas (este ano a 10 de fevereiro), é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

JCP

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Agência ECCLESIA

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