Recolha de roupa usada serve hoje como mola de ação social e de combate ao desemprego na região
Setúbal, 01 fev 2018 (Ecclesia) – A Cáritas Diocesana de Setúbal, em parceria com a Cooperativa Projeto Esperança, que faz a recolha da roupa usada na região, colocou em marcha um programa que permite transformar o “desperdício” em soluções para os mais pobres.
Numa nota publicada online, o presidente da Cáritas sadina explica que graças a acordos com paróquias e espaços comerciais, é hoje possível reservar “70 euros, por cada tonelada de roupa recolhida”, para programas de ação social junto dos mais carenciados.
“Em 2016 estavam envolvidas 36 paróquias com 99 contentores e foram entregues mais de vinte e cinco mil euros”.
No ano seguinte foi possível estender este programa, denominado ‘Projeto Amigo’, a mais paróquias (54 das 57 existentes), perfazendo um total de “142 contentores e 400 toneladas de roupa recolhida”, realça Domingos de Sousa.
Através da Cooperativa Projeto Esperança, toda a roupa recolhida é colocada ao dispor de quem mais precisa, ou se não estiver em condições, encaminhada para a reciclagem.
“Satisfaz, ainda, a carência de roupa das instituições que a solicitem, fornecendo e entregando, gratuitamente, roupa limpa, higienizada e devidamente acondicionada”, acrescenta o presidente da Cáritas Diocesana de Setúbal.
A par da transformação do “desperdício” em recursos para os pobres, esta parceria tem permitido também combater o desemprego na região sadina.
É que atualmente “a Cooperativa Projeto Esperança dá trabalho a mais de 60 pessoas em regime permanente”.
Trata-se sobretudo de “pessoas em situação de desemprego de longa duração que, pela idade e formação, já não teriam possibilidades de conseguir trabalho”, pode ler-se.
JCP