D. José Ornelas pediu «abertura de coração a todos», elogiando exemplo de congregação dedicada aos migrantes
Amora, 06 jun 2021 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal presidiu hoje à Missa na igreja do Beato João Batista Scalabrini, na Paróquia de Amora, assinalando os 50 anos de presença em Portugal dos Missionários de São Carlos (Scalabrinianos).
- José Ornelas, também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), elogiou o exemplo desta congregação religiosa, dedicada aos migrantes, pedindo “abertura de coração a todos”.
Na sua homilia, o responsável sublinhou que a pandemia veio lembrar a importância de “cuidar dos mais frágeis”
“Enquanto houver um imigrante que não tem condições de vida”, observou o bispo de Setúbal, não é só ele que está mal, mas “a sociedade toda”.
“Não pode haver progresso na exploração”, acrescentou.
O presidente da CEP falou de Portugal como um povo “migrante” e país com “tradição de acolher”.
“Infelizmente, somos um país que não aprendeu a integrar bem”, advertiu.
O bispo de Setúbal disse ainda que a celebração de hoje é um “momento de ação de graças” pela presença dos Scalabrinianos, que a diocese sadina, território de imigração, acolheu como “uma bênção”.
Ao longo do mês de maio, a congregação partilhou testemunhos, reflexões e orações sobres estes 50 anos de caminho da ‘Comunidade com Scalabrini’, divulgados através das redes sociais da Paróquia de Amora.
A Congregação dos Missionários de São Carlos foi fundada na Itália, em 1887, pelo Beato João Baptista Scalabrini, bispo e apóstolo dos migrantes; na Paróquia de Amora esteve presente o superior geral da congregação.
No início da Eucaristia, o padre Geraldo Finatto, missionário scalabriniano a trabalhar na paróquia de Amora, destacou os 50 anos da presença dos religiosos em Portugal, “terra de emigração e imigração”.
“Esta paróquia é um exemplo desta realidade”, assinalou.
A procissão inicial contou com várias bandeiras, representando as várias nacionalidades da comunidade local.
OC