Responsáveis sadinos receberam Cruz dos jovens e Ícone mariano, em Fátima, das mãos da Diocese do Porto
Fátima, 31 out 2022 (Ecclesia) – A Diocese de Setúbal recebe hoje a peregrinação dos dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), num mês de atividades apresentadas como “sinal de esperança” para a Igreja e a sociedade sadinas.
Queremos ir ao encontro das pessoas, onde estão os jovens, os que mais precisam, os vulneráveis da sociedade. O nosso objetivo é que esta peregrinação seja um sinal de esperança”, disse à Agência ECCLESIA João Marques, coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) de Setúbal para a JMJ Lisboa 2023.
O responsável fala do território diocesano como uma “terra de missão”, assumindo a intenção de ir ao “encontro de todos”, em particularmente os que não participam na vida das comunidades católicas.
“Queremos que seja uma grande e forte oportunidade de evangelização, foi isso que o Papa Francisco pediu”, conclui.
A passagem da Cruz dos jovens e do Ícone mariano aconteceu na Capelinha das Aparições, em Fátima, onde uma delegação de Setúbal foi ao encontro dos responsáveis da Diocese do Porto, que acolheu os símbolos da JMJ durante o mês de outubro.
“Esta vinda dos símbolos é um gesto que acolhemos naquilo que ele é, na sua essência, como preparação para a Jornada Mundial da Juventude, com o Papa”, refere à Agência ECCLESIA o administrador diocesano de Setúbal, padre José Lobato.
“A Diocese de Setúbal precisa deste reforço”, acrescenta.
A 13ª etapa da peregrinação nacional dos símbolos da JMJ é vista pelo sacerdote como “uma possibilidade de estabelecer um elo de comunicação, de comunhão”, entre as várias comunidades, e de “anúncio” da mensagem cristã, em vários lugares, já que o programa não se limita ao espaço das igrejas.
“É um ato missionário”, insiste.
O padre José Lobato assinala que a comunidade sadina vive uma “fase de grande expectativa”, esperando a nomeação do seu novo bispo, após a saída, em março, de D. José Ornelas, que tomou posse da Diocese de Leiria-Fátima por escolha do Papa Francisco.
O administrador diocesano mostra-se muito feliz por ver os jovens “entusiasmados, corajosos, ousados”,
“Vai ser um tempo muito forte e muito frutuoso para a diocese”, deseja.
A Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora ’Salus Populi Romani’ vão entrar solenemente na Diocese de Setúbal esta noite, a partir das 21h00, no Largo de Santa Maria, na Sé; após o acolhimento celebra-se a Eucaristia e, às 23h00, começa uma Vigília de Adoração, até às 08h00, animada por diferentes grupos da diocese.
Ana Lúcia Agostinho, coordenadora do Departamento da Juventude de Setúbal, destaca a oportunidade de tornar mais visível uma Jornada que “parece estar muito longe”, para alguns.
“Esperamos que seja um tempo em que os jovens possam encontrar-se com Jesus, com Maria, de uma forma mais visível, com estes símbolos”, acrescenta, apontando a “um tempo de conversão, de crescimento, de comunhão”, indica.
Entre 1 de novembro e o dia 1 de dezembro, os dois símbolos da JMJ vão percorrer as sete vigararias (conjunto de paróquias) da diocese sadina: Setúbal (1 a 4 de novembro); Palmela-Sesimbra (5 a 8 de novembro); Montijo (9 a 12 de novembro); Barreiro-Moita (13 a 17 de novembro); Almada (18 a 21 de novembro); Caparica (22 a 26 de novembro) e Seixal (27 de novembro a 1 de dezembro).
A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude, e desde então tem-se evidenciado como um momento de encontro e partilha para milhões de pessoas por todo o mundo; a primeira edição aconteceu em 1986, em Roma.
As edições internacionais da JMJ são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.
A cruz da JMJ foi entregue por São João Paulo II aos jovens em abril de 1984 e marcou o início de uma peregrinação da juventude de todo o mundo; no ano 2000, o mesmo Papa confiou aos jovens uma cópia do ícone de Nossa Senhora “Salus Populi Romani”.
CB/OC
D. Manuel Linda acompanhou a entrega dos símbolos no Santuário de Fátima, destacando a ligação deste local à história de São João Paulo II, que instituiu a JMJ.
O bispo do Porto desejou que, em Setúbal, se repita o que aconteceu na diocese nortenha, onde os símbolos cumpriram a sua missão de “congregar muitos milhares, mostrando que a Igreja é capaz de se reunir à volta da Cruz, como instrumento de salvação, e à volta de Maria” |