Setúbal: Opção pela Vida Consagrada é «exigente» e nos tempos atuais «é ainda mais urgente», afirma bispo de Setúbal

Religiosas e religiosos da diocese celebraram o Dia do Consagrado no Santuário da Atalaia

Foto Ricardo Perna/Diocese de Setúbal

Setúbal, 03 fev 2025 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal afirmou este domingo na homilia da Missa que reuniu religiosas e religiosos da diocese que a presença de quem opta pela Vida Consagrada “não é substituível” e são um sinal “mais urgente” na atualidade.

“A presença dos irmãos e irmãs de Vida Consagrada é um sinal do Reino de Deus, hoje, aqui, no meio de nós. Os votos de pobreza, de obediência, de castidade, nos tempos que vivemos, ainda é mais provocador. Nos tempos que vivemos, ainda é mais exigente. E, nos tempos que vivemos, ainda é mais urgente”, disse o cardeal D. Américo Aguiar.

Para o bispo de Setúbal, “não há carismas melhores nem carismas piores, são diferentes”.

“Às vezes, quando aparece uma nova comunidade, vinda não sei de onde, com um sotaque ou com uma tese diferente, porventura ficámos logo com receio, com medo”, alertou.

“Não tenhamos medo daquilo que são as novas comunidades, que vêm daqui e vêm dali, que transportam Cristo, Cristo vivo, à sua maneira, com o seu carisma. Como também temos os irmãos e irmãs que há muitos séculos transportam e dão testemunho de Cristo vivo na nossa comunidade, no nosso país e pelo mundo inteiro”, disse

O Cardeal D. Américo reuniu-se com as religiosas e religiosos da Diocese de Setúbal no Santuário da Atalaia, um santuário jubilar no Ano Santo da Igreja Universal e também no jubileu dos 50 anos da criação da diocese.

“Esta celebração, acima de tudo, é de gratidão, de dizer obrigado. Obrigado às irmãs, aos irmãos, aos consagrados e consagradas, pelo trabalho, pela vida, pela presença, daquilo que são formiguinhas discretas no dia-a-dia das nossas comunidades, das nossas famílias, das nossas instituições”, afirmou.

D. Américo Aguiar lembrou as congregações religiosas que viram os seus membros expulsos dos conventos e a ruina em que muitos desses edifícios caíram, referindo que é necessário “pedir perdão” às religiosas e religiosos que foram “postos na rua”.

“O nosso país tem uma dívida muito grande pela expulsão dos mosteiros”, afirmou o bispo de Setúbal.

O cardeal D. Américo Aguiar desafiou as religiosas e os religiosos da diocese de Setúbal a prosseguir no “caminho do Peregrino de Esperança”, com disponibilidade testemunhar o “rosto de Cristo vivo”.

PR

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