Setúbal: «O meu dever é promover a esperança aos meus utentes», afirma fisioterapeuta, no jubileu diocesano dos enfermos e mundo da saúde

Santuário do Cristo Rei acolheu celebração, com a participação do bispo D. Américo Aguiar, que pediu às paróquias para não se alhearem de que “no seu coração há um hospital”

Setúbal, 08 abr 2025 (Ecclesia) – A fisioterapeuta Ana Inês Agostinho, participante no jubileu diocesano dos enfermos e do mundo da saúde de Setúbal, que se realizou no domingo, no Santuário do Cristo Rei, em Almada, salientou a importância de levar esperança aos utentes.

“Enquanto profissional de saúde o meu dever é promover a esperança aos meus utentes, apoiá-los neste processo, mas tenho plena consciência de que não sou eu quem semeia a esperança nos seus corações”, afirmou a profissional de saúde, na mesa-redonda com o tema “Ser Peregrino de Esperança, quando e como?”, informa a Diocese de Setúbal.

A conversa contou também com a participação de Ana Lúcia Agostinho, psicóloga educacional e mestre em Psicologia da Educação e da Orientação, Gabriela Pereira, médica de Medicina Geral e Familiar na Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho, Zaida Charepe, doutora em enfermagem e professora na Universidade Católica, e o padre José Pires, assistente espiritual do Hospital Garcia de Orta.

“A esperança significa ação e muitas vezes é preciso emprestarmos a nossa esperança a quem já não tem energia”, destacou Zaida Charepe.

O padre jesuíta José Pires relatou a experiência como capelão, assinalando que há ainda muito desconhecimento desta missão nas unidades de saúde e da própria Pastoral da Saúde.

“Esta dimensão da presença do assistente espiritual causa por vezes surpresa. As pessoas não sabem que ajuda podem receber de um capelão”, referiu.

A celebração encerrou com a bênção dos profissionais de saúde, cuidadores e voluntários, a que se juntou a intervenção do bispo diocesano, D. Américo Aguiar, que fez um apelo às comunidades paroquiais.

“Eu confesso que gostava de ver mais envolvimento da parte das paróquias, dos agentes pastorais, mais envolvimento principalmente de quem vive numa paróquia onde existem estabelecimentos de saúde, seja lá qual for o nível, desde a unidade local de saúde ao hospital mais importante, que as paróquias não se alheassem a que no seu coração há um hospital”, pediu.

O cardeal indicou que há “tantas coisas que se podem fazer para aliviar, para ajudar, para acompanhar estes irmãos e irmãs”, como aquilo que se faz “quando é alguém conhecido, amigo”, realçando que “há tanta gente desconhecida que precisa de coisas possíveis”.

A celebração jubilar incluiu também a realização da conferência “Ser arquiteto de Saúde” com José Carlos Rodrigues Gomes, professor coordenador no Instituto Politécnico de Leiria e perito do Conselho Nacional da Saúde.

O docente abordou os quatro pilares para a construção de uma vida saudável e a importância de ser arquitetos da própria saúde e daqueles que se encontram à volta.

O jubileu diocesano dos enfermos e do mundo da saúde é uma das iniciativas do calendário jubilar diocesano da Diocese de Setúbal, por ocasião dos 50 anos de criação.

LJ/OC

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