Responsável lamenta falta de apoios oficiais
Setúbal, 28 jun 2012 (Ecclesia) – O restaurante social da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, na Diocese de Setúbal, debate-se com um aumento de pedidos e a sua capacidade de resposta tem vindo a diminuir, revelou hoje o pároco local.
O espaço, que esta sexta-feira assinala o primeiro ano de existência, passou das “94 refeições diárias, todos os dias da semana, incluindo sábados e domingos, para as 56 diárias”, afirma à Agência ECCLESIA o padre Constantino Alves.
As razões para este decréscimo na ajuda social estão, segundo o sacerdote, na falta de apoios das entidades oficiais: “Até hoje não recebemos um cêntimo, nem da Segurança Social nem do Governo nem da câmara nem da junta de freguesia”.
Sendo um complemento “àquilo que eles não fazem”, os poderes instituídos tinham “obrigação de ajudar”, acrescenta o religioso da Congregação dos Filhos da Caridade.
O preço das refeições no restaurante social é variável, mas cada pessoa sabe que “deve participar no pagamento destas para se responsabilizar”.
A valência tem vivido “exclusivamente de donativos” provenientes da comunidade cristã, de grupos da sociedade civil ou a título individual.
O padre Constantino Alves realça que o número de pobres “está a aumentar permanentemente” na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, face ao “aumento do desemprego” e aos casos em que o Rendimento Social de Inserção é “insuficiente para as necessidades básicas”.
A situação “é dramática”, indica o sacerdote, para quem, até ao momento, o Governo “não conseguiu perceber que é necessário criar legislação adequada para as respostas sociais de proximidade”.
LFS
