Setúbal e a Bíblia

A Diocese de Setúbal prepara-se para encerrar um triénio em que as atenções se viraram para o estudo da Bíblia. Este ciclo encerrará solenemente, em Outubro e em Fátima, já no contexto do ano Paulino e do Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. Já no dia 10 de Junho realizou-se uma jornada Diocesana para fazer o balanço destes anos e “encontrar energias para que os frutos do triénio permaneçam e cresçam”, como referia o Bispo local, D. Gilberto Canavarro Reis. No final desta Jornada de Estudos Plenários da Sagrada Escritura, os participantes assinaram um documento conclusivo em que se pode ler que “não podemos viver sem escutar Jesus na Palavra, tal como não podemos passar sem a Eucaristia, em que Jesus está presente realmente”. O texto fala na “necessidade urgente” de “ler, conhecer e meditar a Escritura, se possível num grupo, para ser discípulo obediente a Deus”. A Diocese é desafiada a “mostrar com a vida que a Palavra de Deus é acessível, actual e capaz de transformar a vida do homem e da sociedade”. Desta sessão de trabalho sai ainda o pedido de que cada cristão procure “cultivar o hábito de ler todos os dias a Palavra de Deus ou, ao menos, os textos da Eucaristia dominical”. Outra proposta passa por “estar atento aos acontecimentos do mundo e «lê-los» à luz da Palavra de Deus de forma a sermos, nos vários ambientes, por todos os meios incluindo a comunicação social, fermento na sociedade do amor de Deus”. O Evangelho de S. Mateus foi o centro desta reflexão. D. António Taipa, bispo auxiliar do Porto, abordou o tema das Bem-aventuranças em S. Mateus; de tarde, entre outros convidados, o Pe. António Pires, pároco da Costa da Caparica e responsável pelo Projecto Sorriso e Catarina Martins Bettencourt da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, deram o seu testemunho à volta do tema destes Estudos. Na mensagem que enviou à sua Diocese, D. Gilberto Reis frisa que o triénio sobre a Bíblia teve como finalidade “ajudar cada um dos fiéis a crescer na fé e no amor à Palavra de Deus e no gosto de a escutar e meditar (amor concretizado por exemplo no hábito de ler e meditar uma passagem da Sagrada Escritura diariamente) para que cada fiel, acolhendo a Palavra de Deus no coração, se torne ele mesmo palavra viva de Deus a iluminar e a santificar a sociedade”. O Bispo de Setúbal lembra que muitas iniciativas foram sugeridas pela Comissão do Triénio desde a publicação dos Evangelhos até à escrita da Bíblia; desde a organização de cursos de lectio divina até à realização de retiros bíblicos; desde o fomento de grupos de leitura orante da Escritura à formação dos seus animadores. “Estas e muitas outras surgiram para que cada um de nós se deixe encantar pela palavra de Deus, se deixe conduzir por ela no dia a dia, a transmita a quem a desconhece e fermente a sociedade com o amor de Deus. O triénio passará mas o amor à palavra de Deus e a preocupação de cultivar esse o amor têm de continuar a crescer bem mais”, indicou. Segundo este responsável, “hoje há uma necessidade maior de aprender e escutar a palavra de Deus quer para vencer o erro de que todos os caminhos são iguais quer para poder viver no meio do mundo sem se confundir ou deixar guiar pelo mundo quer para ser capaz de a propor bem às outras pessoas”.

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Agência ECCLESIA

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