Ano jubilar inclui peregrinação às quatro igrejas jubilares e encerra-se a 28 de dezembro de 2025
Setúbal, 16 jul 2024 (Ecclesia) – As comemorações do Jubileu dos 50 anos de criação da Diocese de Setúbal iniciam-se hoje, com uma oração “Te Deum” na Sé, presidida pelo bispo de Setúbal, pelas 21h.
“Durante este ano decorrerá um Ano Jubilar, onde será possível peregrinar a quatro igrejas jubilares para obter indulgência plenária, onde haverá pequenos encontros de todas as áreas de intervenção da diocese, iniciativas culturais e outras que tal”, anuncia a Diocese de Setúbal, em nota enviada à Agência ECCLESIA.
Criada a 16 de julho de 1975 pelo Papa São Paulo VI com a Bula “Studentes Nos”, a Diocese de Setúbal vai celebrar o jubileu com várias atividades até 28 de dezembro de 2025, data de encerra o ano jubilar em simultâneo com todas as igrejas particulares do mundo inteiro.
“Queremos proporcionar um elenco de jubileus diocesanos, que no calendário não coincidem com os jubileus em Roma, envolvendo todas as pessoas das várias idades, pastorais e realidades dentro e fora da igreja”, pode ler-se.
A Diocese de Setúbal vai propor um “passaporte do peregrino” que proporcione a peregrinação às quatro igrejas jubilares – a catedral o real Santuário de Nossa Senhora da Atalaia, o Santuário Nacional de Cristo Rei e o Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel – que o Papa Francisco concedeu à Igreja de Setúbal.
Todas as pessoas que se deslocarem a estes locais de peregrinação vão ter a possibilidade de receber a indulgência plenária, que a diocese explica como um gesto de misericórdia da Igreja “para com os fiéis que procuram o arrependimento das suas ações”.
Para isso, terão de cumprir com as indicações do Vaticano, como a “confissão e absolvição dos seus pecados por um sacerdote”, a “comunhão”, a “oração a favor do Papa” e “peregrinar em direção a uma das igrejas jubilares e lá dedicar algum tempo à oração pela nação de Portugal e a sua vocação cristã, pela obtenção de vocações sacerdotais e religiosas e pela defesa da instituição da família humana, com o Credo e as invocações à Bem-Aventurada Virgem Maria”.
“É desejo do nosso Bispo, o cardeal D. Américo Aguiar, que todos as celebrações de crismas, neste ano jubilar, sejam celebrados na Igreja Catedral como lugar ‘mãe da diocese’ na vivência do lema do ano pastoral ‘Peregrinos da Esperança’”, assinala a diocese.
Ao longo do ano jubilar vão decorrer várias peregrinações fora do território diocesano, nomeadamente a Fátima, em novembro de 2024; a Santarém, em abril de 2025; e a nível internacional a Santiago de Compostela (Espanha), em setembro de 2025; e a Roma, em dezembro de 2025.
“Como em todos os jubileus, queremos fazer memória de toda a história vivida, mas também proporcionar a todo este povo de Deus da península de Setúbal uma revisão do mapa diocesano. Nestes 50 anos de existência, queremos continuar o projeto de evangelização em chave missionária sob os novos desafios da atualidade: novas infraestruturas, tecido social e territorial entre o Tejo e o Sado”, salienta a diocese.
Um dos objetivos deste ano jubilar passa por “organizar os estudos históricos sobre a História Geral da Península de Setúbal: uma parceria entre a Diocese de Setúbal e a Academia Portuguesa de História”.
Além disso, a diocese deseja, com a colaboração das autarquias locais, “organizar um projeto livro ‘À descoberta da Diocese de Setúbal’ dirigido a crianças e a jovens num enquadramento histórico que enriquece a leitura do passado e o presente sobre a história da diocese de Setúbal”.
“A Diocese de Setúbal foi criada a 16 de julho de 1975 pelo Papa São Paulo VI com a Bula ‘Studentes Nos’ nomeando o seu primeiro Bispo, o Pe. Manuel da Silva Martins, até então Vigário-Geral da Diocese do Porto. O território da nova Diocese sadina compunha-se de 36 paróquias, tendo recebido quatro paróquias da arquidiocese de Évora: três que se encontravam já no concelho do Montijo e a da Comporta”, indica a nota.
Atualmente, a diocese é constituída por 57 paróquias e sete vigararias: Almada, Barreiro-Moita, Caparica, Montijo, Palmela-Sesimbra, Seixal e Setúbal.
LJ/OC