Setúbal: Diocese celebrou 40 anos em «dia de memória e ação de graças»

Iniciativa contou com a presença de D. Gilberto Reis e D. Manuel Martins, os dois bispos da sua história, e, entre outros, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

Setúbal, 17 jul 2015 (Ecclesia) – A Diocese Setúbal celebrou 40 anos de fundação esta quinta-feira e D. Gilberto Reis, bispo diocesano, afirmou que a “Igreja jovem” continua a crescer, indicando “três grandes desafios” onde a voz do prelado e dos pastores é necessária.

"Sair de si e ir ao encontro dos outros de muitas maneiras, organizando e organizar as paróquias para ter tempo de ir ter com pessoas que estão mais longe, encontrando outra forma de linguagem, de viver o Evangelho na alegria que cativa para que as pessoas se sintam envolvidas”, adiantou D. Gilberto Reis em declarações à Agência ECCLESIA.

Para o bispo de Setúbal, a diocese deve "ajudar cada cristão a viver apaixonadamente a sua vida a partir da contemplação de Jesus" e "construir a comunhão eclesial na Santíssima Trindade onde as pessoas que se estimam, completam, são um corpo".

Ao longo do Ano Pastoral 2014-2015, a Igreja de Setúbal celebrou os 40 anos de criação da diocese, onde o desafio foi fazer "memória agradecida” e lembrar o que foi “mais importante” em quatro décadas.

O bispo de Setúbal recorda que, há 17 anos, encontrou uma Igreja a “crescer e que está sempre em construção”, onde “foi possível criar novas paróquias e organizar novas vigararias; estruturar alguns serviços; aprofundar movimentos que já existiam”, um trabalho que acredita que vai ser “continuado” pelo próximo prelado, uma vez que, pelo limite de idade, já apresentou a resignação ao Papa.

Presente nas comemorações esteve também o primeiro bispo da diocese que recordou à Agência ECCLESIA a entrega e disponibilidade a um povo que ao longo da história portuguesa foi sempre “muito participativo”.

“Não tinha programa pastoral, vinha para me entregar. Deus deu-me a graça de descobrir que a minha missão era mergulhar na vida do povo, o mundo era o altar da Igreja. Fiz as coisas mais mirabolantes que hoje nem acredito que tenha feito ou tenha dito”, revelou D. Manuel Martins.

O bispo emérito recordou que “sempre” teve uma “presença muito boa” em Setúbal com todos, encontrou “padres santos” e leigos muito “participativos, criativos e ansiosos” por manifestar a fé.

“Acompanho [a diocese] com todo o coração. É uma terra que me marcou e só quero que cresça e floresça”, observou ainda D. Manuel Martins.

A Igreja de Setúbal pertence à Província Eclesiástica de Lisboa, diocese de onde nasceu, e D. Manuel Clemente recordou o “desenvolvimento natural que tinha começado na década de 60”.

“Houve uma enorme concentração de pessoas entre o Sado e o Tejo e com os desafios pastorais foi levando à conclusão que era bom repartir o trabalho e criar novas dioceses”, comentou o cardeal-patriarca que destacou a “maior proximidade episcopal” que a população ganhou.

Os 40 anos da Diocese de Setúbal foram celebrados com uma Eucaristia na Sé e uma sessão no Auditório da Anunciada, com testemunhos destas quatro décadas, onde se cantaram os 'Parabéns'.

O chefe regional do Corpo Nacional de Escutas de Setúbal, João Costa, disse que a diocese dá à sociedade um “contexto de convivência, coabitação” e de “construção de projeto comum”.

A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, destacou a proximidade da Igreja aos cristãos onde muitos encontram o seu “refúgio e conforto para a solidão”, bem como o papel social, cultural, económico e religioso de “grande importância”.

A provincial da Congregação das Irmãs da Apresentação de Maria, que estava em Setúbal a 16 de julho de 1975, dia da criação da diocese, assinalou o “grande caminho” de uma Igreja dinâmica e um “povo de Deus comprometido”.

CB/PR

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