Pandemia limitou as «festas de justo convívio», sem impedir que fosse possível «buscar o essencial»
Almada, 07 dez 2020 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal presidiu hoje à ordenação sacerdotal de Cláudio Rodrigues e afirmou na homilia da Missa que as limitações por causa da pandemia Covid-19 limitaram a “festa” destas celebrações, sem impedir que fosse possível “buscar o essencial”.
“A primeira palavra que fica para o teu ministério é buscar o essencial, o dom de Deus para distribuir pelos irmãos. Tudo resto há de vir por acréscimo, quando e como Deus quiser”, afirmou D. José Ornelas.
O bispo de Setúbal valorizou a atitude do novo sacerdote que prescindiu das “festas de justo convívio para celebrar a alegria” da ordenação e a disponibilidade para “mudar esquemas” para que o “essencial possa ser colocado ao serviço do povo de Deus”
“É precisamente no meio das trevas que faz falta a luz, na doença que faz falta o médico, na solidão que o amigo é valioso, na pobreza que o dom é essencial, no sofrimento e na morte que se faz presente a mão poderosa e salvadora de Deus”, lembrou.
“Leva para o teu ministério esta confiança na mão protetora e alentadora de Deus em quem acreditaste, no Senhor a quem começaste a seguir, do Espírito que hoje desce sobre ti. Ele não te promete uma vida fácil, mas assegura que estará sempre contigo onde que que vás”, afirmou.
Na homilia da Missa que celebrava a Imaculada Conceição, nas vésperas da solenidade do dia 8 de dezembro, o bispo de Setúbal lembrou três atitudes de Maria que devem marcar também a vida sacerdotal, nomeadamente o dever de “permanecer junto na comunidade eclesial” em unidade “capaz de superar e integrar as diferenças”, a determinação em “perseverar na oração que escuta a voz de Deus” e o mandato de “viver e construir uma Igreja missionária e misericordiosa”.
“Que o Senhor nos assista nesta pandemia”, pediu D. José Ornelas, lembrando os que sofrem por causa da doença Covid-19 e os que deles cuidam quais “anjos da guarda daqueles que precisam”.
O padre Cláudio Rodrigues é natural do Monte da Caparica, tem 25 anos, frequentou o Seminário Maior de São Paulo, em Almada, e foi ordenado diácono a 8 de dezembro de 2019, na Sé de Setúbal.
PR