Cardeal mostra tristeza perante «gesto sacrílego» e pede oração pelas famílias

Setúbal, 25 nov 2025 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal manifestou hoje “profunda tristeza” e “consternação” pela profanação de sepulturas no cemitério de Alhos Vedros, classificando o ocorrido como um “gesto sacrílego” que atenta contra a dignidade humana.
Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, o cardeal D. Américo Aguiar revelou que visitou o local e ali rezou, sublinhando que este ato de vandalismo “fere a memória dos que já partiram e causa sofrimento acrescido às suas famílias”.
“Qualquer atentado contra os mortos é também uma ferida aberta no coração dos vivos”, afirmou o bispo sadino, citando a Carta aos Romanos para recordar a visão cristã sobre a vida e a morte.
O responsável católico expressou a sua solidariedade institucional e pessoal às autoridades autárquicas, responsáveis pela segurança do espaço, bem como às paróquias locais e seus agentes pastorais.
Dirigindo-se diretamente aos familiares afetados, o bispo de Setúbal deixou uma mensagem de proximidade perante a “dor profunda” causada por esta “violência moral”.
“Partilhamos convosco a indignação e o sofrimento. Elevamos convosco a nossa oração, pedindo ao Senhor que vos conceda consolação e força”, escreveu o cardeal.
D. Américo Aguiar convidou toda a comunidade diocesana a unir-se numa “intensa oração” pelas famílias e pelos “entes queridos ultrajados”, estendendo o pedido de oração também aos autores do crime, “para que reconheçam a gravidade do mal e se convertam ao bem”.
“Que a luz da Fé seja mais forte do que a escuridão destes acontecimentos e que a nossa Esperança inspire caminhos de justiça e reparação”, concluiu o bispo, invocando a intercessão de Maria, Mãe da Esperança.
O cemitério de Alhos Vedros foi vandalizado na noite desta segunda-feira.
OC
