Presidente da Comissão Diocesana Justiça e Paz pede «mudança de paradigma»
Setúbal, 31 jan 2014 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Diocesana Justiça e Paz de Setúbal, Mário da Silva Moura, alerta para a necessidade dos cristãos estarem presentes na “mudança de paradigma” da diocese, afetada por uma crise social e económica.
“Sempre foi prioridade, mas é hoje mais prioritária que nunca uma presença viva dos cristãos num processo de mudança deste paradigma em que se vive no mundo, na Europa, em Portugal e, especialmente, na zona da Diocese de Setúbal”, escreve Mário da Silva Moura num artigo de opinião publicado na mais recente edição do semanário digital ECCLESIA.
“Desde há décadas que a região de Setúbal tem vivido crises económico-sociais tremendas”, refere o presidente da comissão diocesana Justiça e Paz, recordando todas as indústrias e fábricas que com o tempo desapareceram da região explicando que estes fechos têm sido os “ingredientes e fatos geradores de forte desemprego e duma pobreza aflitiva, conduzindo a uma fase de verdadeira fome na região, de doença e criminalidade”.
A Igreja aparece “tentando minorar as consequências de todas estas crises, não só através da Cáritas mas também de várias iniciativas de apoio social em algumas paróquias”, sublinha Mário da Silva Moura.
“A crise atual iniciada em 2008 e aos efeitos duma governação assente em tremendas restrições, numa ação esmagadora sobre o fator trabalho e numa despudorada proteção do fator capital” é algo que tem criado um sistema “que mata”, lamenta o presidente da comissão diocesana de Justiça e Paz de Setúbal.
“Mata a classe média, aumenta a pobreza, exclui a juventude bem formada e concentra a riqueza em meia dúzia de mãos, mata a esperança e a alegria”, conclui.
O semanário digital ECCLESIA desta semana é dedicado à Diocese de Setúbal e ao jubileu episcopal do seu bispo, D. Gilberto Reis que celebra 25 anos de episcopado no próximo dia 12 de fevereiro.
MD