Diocese de Setúbal celebrou Jubileu dos Catequistas e cardeal enalteceu opções de formação e missão que fazem com «enorme responsabilidade» de ter «vida dos jovens nas mãos»
Setúbal, 10 fev 2025 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal agradeceu aos catequistas a missão que realizam, “o sacrifício” que envolve mas que muda “a vida de tanta gente”, e assinalou a importância do seu “testemunho de fé”.
“É importante mas não me preocupa tanto a preparação técnica, académica dos catequistas. Eu quero que sejam, acima de tudo, homens e mulheres de testemunho de fé. Se as crianças, os jovens e os adolescentes chegarem ao fim da catequese e tiverem ganho do catequista ou da catequista o hábito de rezar, está a ganho”, afirmou D. Américo Aguiar, durante a celebração na Sé de Setúbal, do Jubileu diocesano dos catequistas.
“Podemos saber muito, podemos ser especialistas, mas depois termos dificuldade em transmitir, em dar testemunho desse Cristo vivo que habita nos nossos corações. Sejamos equilibrados nos cursos, nas preparações, deixem também tempo ao coração, à preparação espiritual”, acrescentou na homilia enviada à Agência ECCLESIA.
A diocese de Setúbal celebrou no domingo, dia 9, o Jubileu dos Catequistas, reunindo na cidade cerca de 400 pessoas dedicadas à transmissão da fé de crianças, jovens e adultos.
Na eucaristia o cardeal D. Américo entregou diplomas aos catequistas que completaram 25, 50, 60 e 70 anos de missão como catequista, informa a comunicação da Diocese.
O bispo de Setúbal agradeceu os sacrifícios dos catequistas e a opção de não fazerem “tantas outras coisas” com o seu tempo.
“Nós queremos dizer-vos obrigado por aceitarem o chamamento a serdes catequistas, porque a nossa Diocese nestes 50 anos está muito agradecida. E a Igreja às vezes tem dificuldade em reconhecer, em agradecer e em retribuir”, valorizou.
D. Américo Aguiar quis agradecer os “tantos sacrifícios” que ajudam a “mudar a vida de tanta gente.
“Sábado após sábado, domingo após domingo, semana após semana, ano após ano, apesar de tudo, apesar dos problemas, apesar das dificuldades, apesar de algumas catequistas julgar que mandam em tudo, que mandam no padre, nós sabemos que há vidas que foram tocadas graças à pessoa do catequista ou da catequista”, valorizou.
O responsável sublinhou ainda a atenção, sensibilidade e conhecimento que os catequistas têm da vida dos jovens, “mais do que as próprias famílias” e assinalou – “isso não tem preço”.
“Principalmente quando temos consciência do quanto isso é, para nós, uma enorme responsabilidade. Alguns de vocês, algumas de vocês, têm, de facto, a vida dos jovens nas vossas mãos. E podem condicionar essas vidas”, indicou.
Fazendo referência às leituras da eucaristia, do V domingo do tempo comum sobre “uma pesca milagrosa”, o cardeal D. Américo Aguiar assinalou a “pesca milagrosa” que cada catequista quer “providenciar na vida dos jovens”.
A diocese de Setúbal celebra 50 anos da sua criação, coincidindo com a celebração do Ano Santo de 2025 que o Papa Francisco quis que fosse dedicado à esperança.
LS/PR