Setúbal: Bispo realça bom relacionamento entre diocese e a cidade, apontando a colaboração na resposta à pandemia (c/fotos)

Município distinguiu D. José Ornelas e cinco sacerdotes com Medalha de Honra

D. José Ornelas e Maria das Dores Meira Foto: Agência ECCLESIA/PR

Setúbal, 15 set 2020 (Ecclesia) – O Município de Setúbal distinguiu hoje o bispo e cinco sacerdotes da diocese sadina com a Medalha de Honra da Cidade, nas comemorações do Dia de Bocage e da Cidade, às 10h00, de 15 de setembro.

D. José Ornelas, bispo de Setúbal desde 2015, disse à Agência ECCLESIA que vê nesta decisão um gesto de “boa vontade” da Câmara Municipal, não tanto pela sua pessoa, mas “por aquilo que tem sido o relacionamento entre a diocese e a cidade”.

“Há uma marca que vem desde o primeiro bispo, D. Manuel Martins, que chegou aqui em condições muito adversas, mas que soube criar uma rede de relações, pontes de sentido, entendimento e colaboração”, indicou.

O responsável católico considera que esta marca continua até hoje, numa diocese que celebrou este ano o no 45.º aniversário da sua criação.

“Isso vê-se, não só por mim, mas por vários padres que são também agraciados com a medalha da cidade. Isso dá-nos a satisfação de uma Igreja jovem, mas que soube integrar-se no tecido social e na colaboração para encontrar respostas, concretamente para esta cidade de Setúbal”, precisou.

D. José Ornelas vê uma diocese com “atitude muito ativa”, tanto na busca de soluções para a Igreja local como para o país.

Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, agradece a mais de uma centena de pessoas distinguidas, em atividades cívicas, políticas, culturais e desportivas, entre outras, que ajudar a “fazer melhor cidade e a fazer melhor Setúbal”.

A autarca destacou o momento “inédito” da pandemia, que levou a uma “nova normalidade”.

D. José Ornelas assinalou que a crise provocada pela Covid-19 tem sido “objeto de muito diálogo, na busca de soluções entre as instituições da diocese e o Município”

O objetivo é promover “gestos concretos” para ir ao encontro de “necessidades crescentes que se estão a manifestar na sociedade e que, provavelmente, não vão atenuar-se nos próximos tempos”.

Questionado sobre o recomeço de atividades letivas e profissionais, após o confinamento, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa disse que é necessário ter a atitude dos “navegadores”, “fazendo o mapa à medida que se navega”.

Quanto às celebrações litúrgicas, o bispo de Setúbal destaca que as comunidades católicas estão a seguir princípios, orientações e objetivos “básicos”, para refazer e retomar as celebrações litúrgicas, “com contenção e com responsabilidade”, sem abdicar de “convocar e pôr as pessoas em relação.

As pessoas têm necessidade materiais – há um número crescente de pessoas e famílias em dificuldade – mas também o coração e a mente precisam de alimento, de motivos de encontro, de empenhamento, motivos de esperança”.

D. José Ornelas recebeu a Medalha de Honra da Cidade, na categoria ‘Paz e Liberdade’, a mesma distinção atribuída a cinco sacerdotes da Diocese de Setúbal: o atual pároco de São Paulo e o pároco emérito, respetivamente os padres Luís Matos Ferreira e José Gusmão; o diretor da Casa do Gaiato de Setúbal, padre Acílio Fernandes; e o vigário-geral da diocese o padre José Lobato; e, a título póstumo, ao padre Manuel Vieira, pároco emérito da Anunciada.

Maria das Dores Meira destacou, no final da sessão que decorreu no Fórum Municipal Luísa Todi, o papel da Casa do Gaiato no acolhimento de “tantos e tantos jovens”.

“Muito obrigado ao padre Acílio pela obra que fez, que continua a fazer e acompanhar, que merece o aplauso de todos nós”, declarou.

Ruy Ventura, professor e escritor, comissário das comemorações no quarto centenário da morte de frei Agostinho da Cruz, foi distinguido na categoria de ‘Atividades Culturais’.

A atribuição das medalhas honoríficas foi aprovada pela Câmara Municipal de Setúbal a 12 de agosto.

PR/OC

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