Setúbal: Bispo consagrou nova igreja de Torre da Marinha

Obra de 1,8 milhões de euros começou a ser sonhada há mais de 20 anos

Arrentela, Setúbal, 19 set 2011 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal, D. Gilberto Reis, consagrou este domingo na paróquia de Arrentela a nova igreja de Torre da Marinha, complexo de dois andares que custou 1.8 milhões de euros e dispõe de 700 lugares sentados.

O piso zero, já terminado, é composto pelo espaço onde decorrem as celebrações litúrgicas, além de átrio, sacristia, cartório, salas de trabalho e espaço de atendimento, explicou hoje à Agência ECCLESIA o pároco, padre David Esteves, que estima em sete centenas as pessoas presentes na dedicação e no convívio que se lhe seguiu.

No primeiro andar falta “ultimar” o salão – “está lá tudo, é só preciso colocar o chão e as paredes” – e as salas de catequese, espaços que apesar de inacabados já podem ser utilizados para reuniões, convívios e atividades culturais, adiantou o sacerdote de 77 anos.

“O sonho” da construção da nova igreja nasceu há mais de duas décadas, tendo passado por contratempos administrativos e financeiros: o primeiro projeto teve de ser abandonado quando o local previsto, junto a uma capela, foi destinado à instalação de um hipermercado.

Só depois de uma nova mudança é que a localização ficou definitivamente definida: “Vá lá, esta lá ficou; só faltava agora sermos também frustrados nesta intenção”, desabafou o padre David Esteves, responsável há 42 anos pela paróquia de Arrentela, 20 km a sul de Lisboa.

O projeto, que vai servir uma população em crescimento estimada em mais de “10 mil pessoas”, foi entregue diretamente a um arquiteto “da terra”, Alberto José Marques, enquanto que a construção foi adjudicada após concurso, tendo ficado “um bocado onerosa”, no seguimento da derrapagem de 300 mil euros face ao orçamento inicial.

Os mais de 20 anos de espera tornaram-se “um mal que veio por bem”, ao permitir que a paróquia reunisse 500 mil euros, montante a que se junta um empréstimo bancário de 600 mil euros, a ser pago durante 20 anos com as “magras mas muito importantes” ofertas dos fiéis.

O sacerdote recusou revelar a comparticipação do município do Seixal e Junta de Freguesia, que contribuíram “com alguma coisa”, embora com “muito pouco” para as necessidades, acrescentando que a autarquia “queria ir mais longe”: “Prometeu 200 mil euros mas não teve possibilidade de chegar a esse montante, e nós compreendemos”.

RJM

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Agência ECCLESIA

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