Serenidade e paz para todos os muçulmanos

No Angelus, Bento XVI referiu-se também ao Dia Mundial das Missões “Votos de serenidade e paz” para todos os muçulmanos. É o que deseja o Papa Bento XVI que, após a recitação do Angelus, hoje, recordou o fim do Ramadão. “É com alegria que envio uma cordial saudação aos muçulmanos do mundo inteiro que, nestes dias, celebram a conclusão do mês de jejum do Ramadão. A todos faço votos de serenidade e de paz” – referiu Bento XVI a partir da Praça de S. Pedro. Bento XVI quis recordar também as notícias que chegam do Iraque, a grave situação de insegurança e a violência a que se encontram expostos muitos inocentes só pelo facto de serem xiitas, sunitas ou cristão. “Compreendo a viva preocupação da comunidade cristã e desejo assegurar-lhe a minha proximidade, assim como também a todas as vítimas. Para todos invoco força e consolação”, disse o Papa, convidando todos à oração “ao Omnipotente para que dê a fé e a coragem necessárias aos responsáveis religiosos e aos líderes políticos, locais e do mundo inteiro, para que apoiem aquele povo no caminho da reconstrução da pátria, na busca de equilíbrios partilhados, no respeito recíproco, na consciência de que a multiplicidade das suas componentes é parte integrante da sua riqueza”. Mas a Mensagem que Bento XVI deixou na alocução mariana do Angelus teve por tema central o Dia Mundial das Missões. O Papa recordou que foi o seu predecessor Pio XI a instituir, há 80 anos, esta jornada anual, na sequência da “grandiosa exposição promovida no jubileu de 1925, em Roma, e que constituiu o núcleo da actual colecção etnológica-missionária dos Museus do Vaticano”. Comentando o tema deste ano do Dia das Missões – “O Amor, fonte da missão” – o Papa sublinhou que “a missão parte sempre do coração: quando uma pessoa se detém a rezar diante do Crucifixo, com o olhar dirigido àquele coração trespassado, não se pode deixar de sentir dentro de si a alegria de saber-se amado e o desejo de amar e de se tornar instrumentos de misericórdia e de reconciliação”. Neste contexto, o Papa evocou o episódio vivido pelo jovem Francisco de Assis, há 800 anos, diante do crucifixo da capelinha de São Damião, que se encontrava em ruínas. Do alto da Cruz, Francisco ouviu Jesus dizer-lhe: “Vai, repara a minha casa, que como vês está toda em ruínas”. “Aquela casa – disse Bento XVI – era antes de mais a sua própria vida, a reparar mediante uma autêntica conversão; era a Igreja, não a igreja feita de tijolos, mas de pessoas vivas, sempre carecida de purificação; era também a humanidade inteira, na qual Deus gosta de habitar. A missão parte sempre de um coração transformado pelo amor de Deus, como testemunham inúmeras histórias de santos e de mártires, que, com diferentes modalidades, gastaram a vida ao serviço do Evangelho”.

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