Ser consagrado é seguir Cristo de perto

Frei Filipe Rodrigues conta o que motivou a ser religioso dominicano

Lisboa, 30 jan 2014 (Ecclesia) – O religioso dominicano Frei Filipe Rodrigues afirmou à Agência ECCLESIA que ser consagrado “é seguir Cristo de perto, seguir os valores do Evangelho e imitar Cristo nas suas palavras e gestos e estar próximo dos mais desfavorecidos”.

Depois de viver dois anos num seminário, Frei Filipe Rodrigues ingressou na Ordem dos Pregadores, ou dominicanos como são conhecidos, porque sentia “uma grande vontade de viver em comunidade e de dar a vida por causas, por pessoas mais necessitadas”.

“A beleza de alguém que se consagra a Cristo e à Igreja é dedicar-se totalmente à causa do Evangelho e a Deus através do próximo”, enfatiza.

A existência dos irmãos pregadores remonta a 1215 quando São Domingos começou a reunir à sua volta alguns discípulos traçando como prioridade “a pregação de fronteira” para com pessoas “mais afastadas que precisam de um rosto misericordioso”, centrando “a Igreja na periferia”, algo que é uma “sequência lógica do Evangelho”.

“Como frei e também padre a celebração da Eucaristia é muito importante, na sua preparação e depois na pregação da palavra de Deus mas ir ao encontro dos jovens em colégios onde acompanho o seu dia-a-dia e o seu meio de estudo é essencial”, conta o frei Filipe Rodrigues.

[[v,d,4411,Entrevista a Frei Filipe Rodrigues, Dominicano ]] “Estar presente junto dos doentes, numa unidade de doentes paliativos onde é preciso estar presente um rosto misericordioso que ajude as pessoas a lidar com o fim da vida” é outro dos trabalhos que o dominicano destaca do seu serviço.

Exemplos como este são para D. Virgílio Antunes, presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios (CEVM), uma prova de como “os consagrados no país e no mundo têm sido uma força viva da Igreja”.

 “Se nos deixássemos imbuir por este espírito de dedicação, de entrega como os consagrados penso que mudaria a Igreja e mudaria a sociedade”, sublinhou o bispo de Coimbra em declarações à Agência ECCLESIA.

Na opinião de D. Virgílio Antunes, os consagrados “têm sabido estar nos lugares onde mais ninguém quer estar e até onde mais ninguém pode estar porque há uma dedicação, um espírito de serviço, uma atitude de entrega que faz deles uma força ímpar dentro da Igreja”.

“Não são uma força de poder no sentido habitual mas são uma força e um poder espiritual e de serviço que penso que são um modelo para muitas outras entidades e instituições tanto da sociedade, como da própria Igreja”, conclui o bispo de Coimbra.

PR/MD

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