D. António Marto aponta aborto como sintoma de mal estar da sociedade Um filho não é mero produto do acaso irracional e sem sentido da evolução considerou D. António Marto na celebração que presidiu esta manhã nas Jornadas pela Vida, afirmando que qualquer homem ou mulher de boa vontade, mesmo não crente, intui que na vida humana que nasce, há um valor sagrado, que inspira respeito e pode ser captado à luz da razão. O Bispo de Leiria – Fátima assinala uma crescente sensibilidade em relação à protecção das crianças, às condições dignas da maternidade, à igualdade de todos os seres humanos, à defesa e protecção do meio ambiente, mas “paradoxalmente, assistimos à banalização crescente do aborto que provoca a morte silenciosa de um ser humano silencioso”. A decisão de abortar, considerou o prelado “é fruto de grandes sofrimentos e angústias, pressões e constitui um verdadeiro drama para muitas mulheres”, mas o aborto é sintoma de um mal-estar mais profundo de cultura e de civilização, da própria sociedade. A menos de um mês do referendo D. António Marto considerou que “a liberalização do aborto, embora disfarçada sob a forma jurídica de despenalização, não é a resposta digna e condigna, é uma fuga em frente, para não atacar o problema nas suas raízes. Não é caminho de progresso, de futuro e de liberdade”. A resposta verdadeiramente humana e humanista a este drama “é um projecto solidário juntando todos os recursos da sociedade civil e do Estado”, para oferecer todo o cuidado, acolhimento e protecção de ordem social, económica e psicológica tanto ao filho em gestação como à mãe que o gera, propôs. E deixou o apelo para que ninguém tenha “medo nem vergonha de ser paladinos da simpatia, da estima e do amor por toda a vida humana”, propondo sempre o valor da vida humana e a defesa da vida através dos meios da paz, com a convicção e o testemunho. »» Documento na íntegra »»