«Sentinela da realidade social»

Desafio da Igreja ao poder autárquico D. Jorge Ortiga desafiou ontem (5 de Dezembro) o poder autárquico a ser «sentinela da realidade social» e encontrar, em colaboração com todas as instituições, entre as quais a Igreja, soluções que testemunhem um verdadeiro progresso da humanidade. Na homilia da eucaristia da celebração do Dia de São Geraldo, onde, todos os anos, se cumpre o tradicional encontro entre a Igreja e poder autárquico, D. Jorge Ortiga defendeu que a política «deve constituir um verdadeiro serviço à comunidade local» e que todo o trabalho desenvolvido deve ter como destinatários «os cidadãos e não os interesses pessoais». Para o prelado, «este serviço deve considerar todos e de uma maneira igual», embora os mais carenciados devam merecer «uma simpatia especial», pois, regra geral, não são capazes de propor e manifestar as suas necessidades e, por isso, com relativa facilidade são esquecidos na satisfação de exigências humanas elementares. É preciso discernir as causas do seu estado para individualizar os problemas e acompanhá-los num processo de dignificação humana, sustentou, acrescentando que esta atitude de serviço a todos «deveria ser sempre normativa». O contributo que os Arcebispos deram na promoção dos homens continuará a pertencer às nossas intenções e desejos», apesar de não termos «capacidade de resposta para tantos problemas sociais que os afligem quotidianamente», afirmou D. Jorge Ortiga advertindo que se torna urgente «articular e fazer convergir sinergias num espírito de sinceridade e verdade».

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