Senhora dos Remédios: Bispo de Lamego desafiou a centrar «o olhar e o coração e a vida» no «quadro essencial» da celebração, o «Menino e Sua Mãe»

D. António Couto lembrou militares da GNR falecidos no rio Douro

Foto Santuário de Nossa Senhora dos Remédios

Lamego, 09 set 2024 (Ecclesia) – O bispo de Lamego presidiu à Missa da Solenidade de Nossa Senhora dos Remédios e afirmou, na homilia, que o “sentido profundo” e o “quadro essencial” das festividades é “o Menino e Sua Mãe”.

“Desafio os meus irmãos e irmãs a centrardes o olhar e o coração e a vida – porque isto mexe com a minha vida e também tem de mexer com a tua vida, com a nossa vida – centrarmos tudo em Maria e no seu Filho, no Menino e na Sua Mãe”, disse D. António Couto.

No dia 8 de setembro, a liturgia católica celebra a Natividade de Nossa Senhora, evocada em Lamego com o título de Nossa Senhora dos Remédios, padroeira principal da cidade.

“Não percamos o sentido profundo da realidade deste dia”, pediu D. António Couto, lamentando que, por vezes, o olhar não se fixe na Senhora dos Remédios, no “Menino e Sua Mãe” e se disperse em “em coisas secundárias”.

Na homilia da Missa, transmitida em direto nas redes sociais do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, o bispo de Lamego referiu-se também à paz no mundo, lembrando que é um dom dado por Deus, em Jesus.

“Ainda há quem pense que a paz se obtém pelas guerras. Também há quem pense que a paz se obtém por acordos. Aqui, e segundo a Escritura, a paz não se obtém pelas guerras nem se obtém pelos acordos. Obtém-se recebendo-a de Deus, é dada por Deus. Este Menino que vai nascer, diz Miqueias, será a paz que nos é dada. A nós, compete-nos recebê-la”, afirmou.

D. António Couto lembrou que “Deus é que é o grande ator” e as pessoas têm de cultivar a “recetividade e passividade” para acolher a paz, que é uma “dádiva de Deus”.

“O nosso espírito é altivo e orgulhoso e preferimos, quase sempre, as guerras a termos apenas as mãos estendidas e o coração aberto para recebermos de Deus a Paz. Por isso, estamos como estamos”, lamentou.

O bispo de Lamego lembrou, na Eucaristia, os cinco militares da GNR falecidos no acidente de helicóptero, no dia 30 de agosto último, no rio Douro, e os “seus familiares mais diretos e próximos”.

“Eles não estão perdidos, estão na lista de nomes que não se consegue dissociar de Maria, do Menino e Sua Mãe”, afirmou.

A Missa da Solenidade de Nossa Senhora dos Remédios foi presidida por D. António Couto no Santuário da cidade que acolheu a Procissão do Triunfo pelas suas ruas, na tarde deste dia 8 de setembro.

PR

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