Por ocasião da celebração dos 75 anos do Seminário Maior de Cristo Rei – Olivais, equipa formadora e seminaristas rumaram a Roma para uma peregrinação. “Ser sacerdote não se compreende sem a dimensão da Igreja universal. Ir ao centro da catolicidade dá a perceber a universalidade da Igreja e permite estar com o Papa”, admite o Cónego Nuno Brás, Reitor do Seminário. É também numa atitude de peregrinação que os seminaristas se deslocam a Roma. “A ida aos túmulos de Pedro e Paulo representa ir às origens da fé cristã”, refere à Agência ECCLESIA. A equipa formadora e os todos seminaristas que compõem a delegação portuguesa, num total de 44 pessoas, puderem ouvir a saudação in loco que Bento XVI dirigiu a toda a Instituição do Seminário, um momento alto desta viagem. O reitor afirma não esperar tamanha saudação, apenas uma referência. “A saudação confirma a orientação do Seminário dos Olivais, mas também anima para continuarmos a ser «pescadores de homens»”. Antes da partida para Roma, a equipa formadora do Seminário do Olivais esteve presente no Encontro das Equipas Formadoras dos Seminários em Portugal para reflectir sobre «Mediações Pedagógicas na Formação dos Presbíteros: a comunidade educativa do Seminário». Os desafios lançados não são novos, aponta o Cón. Nuno Brás, “pois a orientação é a formação de sacerdotes de acordo com o coração de Cristo”. Numa cultura marcada pela subjectivismo, “devemos ser capazes de ajudar sacerdotes a perceberem que não são o centro do mundo mas é Jesus Cristo o centro”, aponta, acrescentando que “os padres não devem viver para si mas para uma total entrega ao povo que lhes é confiado”. A dimensão da comunhão foi sublinhada como um desafio a implementar cada vez mais. “O sacerdote nunca está sozinho, pois é membro de um presbitério e está unido ao seu Bispo”. O reitor do Seminário dos Olivais sublinha que esta é uma dimensão essencial na vida dos sacerdotes, e “parte integrante da formação”. Uma experiência de peregrinação de “todo o seminário não pode deixar de fortalecer a vida de toda a comunidade”, servindo também de incentivo para um novo ano que os seminaristas iniciam. “Uma grande alegria por sentir a Igreja com grande vitalidade, visível através do Papa. Ouvir palavras de encorajamento pessoalmente dirigidas aos seminaristas é uma emoção forte”, descreve João Verga-Mota, seminarista no 6º ano do Seminário Maior de Cristo Rei – Olivais. Entre os dias 7 e 13 de Setembro os seminaristas têm ocupado os dias a perceber as tradições e fontes da Igreja. Estiveram em Assis, passaram pelas grandes Basílicas. “Estar em Roma é ir ao encontro dos fundamentos da fé e às suas raízes”. Esta é uma oportunidade para alguns passeios turísticos também, mas João Verga-Mota sublinha os lugares históricos “que falam do passado mas dão força para o presente”. Relembrando as palavras do Papa “todos os católicos nasceram em Roma e desta forma é como ir à terra natal”. Esta peregrinação a Roma surge numa “altura crucial das nossas vidas”, por isso representa “uma dose extraordinária de vitaminas para começar uma etapa decisiva”, explica, acrescentando “sentir uma grande graça”. Ir a Roma é perceber a universalidade da Igreja. “Rezamos que a Igreja é santa, apostólica e aqui vemos isso materialmente”, por isso “voltar aos apóstolos e aos seus sucessores é importante, porque são lugares que nos falam da fé”.