Sacerdócio exige «pobreza», «castidade em celibato» e «obediência», reiteram formadores reunidos em encontro nacional
Almada, Setúbal, 06 set 2011 (Ecclesia) – Os formadores dos seminários da Igreja Católica de Portugal consideram que a psicologia é essencial para que os candidatos ao sacerdócio respondam em “liberdade” ao chamamento a serem padres e assumam essa opção com um caráter saudável.
A psicologia é “importante” para o “desenvolvimento harmonioso da personalidade e das competências humanas em ordem ao equilíbrio afetivo para a verdade da entrega” que caracteriza o ser padre, referem os responsáveis dos seminários em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, após o encontro nacional realizado em Almada, próximo de Lisboa.
O documento salienta que “os desafios da formação sacerdotal” exigem “uma atenção cuidada às condições psicossociais e eclesiais dos atuais candidatos ao sacerdócio”, diante das quais “é necessário oferecer uma experiência integradora para a vivência plena da antropologia cristã e das exigências do ministério”.
A “construção do sacerdote” faz-se “na capacidade de assumir de modo confiante e sereno as exigências da pobreza”, da “castidade em celibato” e da “obediência enquanto libertação de si mesmo”, sublinha o texto.
O contributo da psicologia é também “muito valioso para o encaminhamento dos casos onde se manifestem perturbações necessitadas de acompanhamento especializado”, salienta o comunicado do encontro que decorreu entre terça e sexta-feira, com a presença de 67 participantes de 17 das 20 dioceses territoriais portuguesas.
Os responsáveis destacaram as respostas que a psicologia pode dar “para o discernimento da verdade e da sã liberdade da resposta dos candidatos”, depois de terem ouvido as intervenções de três psicólogas que estão ao serviço dos seminários diocesanos de Lisboa, Porto e Braga.
O encontro, dedicado ao tema “Formar pastores totalmente consagrados a Deus e ao seu povo”, foi organizado pela Comissão Episcopal Vocações e Ministérios no seminário de São Paulo, da diocese de Setúbal, que em 2010 assinalou 75 anos.
A iniciativa contou com intervenções do bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco, D. Augusto César, e do secretário da Comissão Episcopal dos Seminários e Universidades da Conferência Episcopal Espanhola, padre Ángel Javier Pérez Pueyo.
RM