Seminários «menores» do Minho arrancam no domingo

Braga aposta na Família como uma parceira de formação privilegiada As actividades do ano lectivo 2005/2006 do Seminário de Nossa Senhora da Conceição, em Braga, e do Seminário Diocesano Frei Bartolomeu dos Mártires, em Viana do Castelo, iniciam no próximo domingo, com o acolhimento dos respectivos alunos. No dia de apresentação dos formandos na Cidade dos Arcebispos, será entregue aos pais um programa de actividades anual. No dia 25 de Setembro, será apresentado o projecto educativo aos familiares dos formandos, depois deste ter sido debatido e aprofundado com os próprios alunos. O projecto estará em sintonia com a proposta da Arquidiocese para este triénio, dedicado à Família. Em declarações ao Diário do Minho, o director do Seminário Menor referiu que «o facto dos 43 quartos existentes estarem preenchidos é um bom sinal. Para além de estimularmos o Pré-seminário, um grupo interno de seminaristas com estas dimensões eleva a qualidade ao nível do seu próprio acompanhamento. Por isso, a falta de quartos não nos angustia». Em relação aos arciprestados “fornecedores” de seminaristas, o cónego Manuel Joaquim da Costa disse que Amares colabora com um aluno; Barcelos apresenta seis estudantes; Braga disponibiliza cinco seminaristas; Cabeceiras de Basto envia três formandos; Esposende também apresenta três jovens; Fafe disponibiliza dois alunos; Guimarães e Vizela envia cinco formandos; Vieira do Minho apresenta um jovem; Vila do Conde/Póvoa de Varzim disponibiliza dois alunos; Vila Nova de Famalicão colabora com nove seminaristas; e Vila Verde envia seis alunos. Por outro lado, o responsável explicou que «existem zonas que normalmente apresentam algumas dificuldades, tal como Terras do Bouro, Celorico de Basto e Póvoa de Lanhoso. Aliada a um tipo de linguagem preconceituosa em relação ao sacerdócio que ainda impera nestas regiões, os sacerdotes também se deparam com alguma falta de tempo e disponibilidade, pois possuem três ou quatro paróquias. Recorde-se que a animação vocacional exige um clima de serenidade e proximidade, condições difíceis de criar nestas circunstâncias». As aulas dos seminaristas decorrerão no Colégio D. Diogo de Sousa. Por anos escolares, os adolescentes estão divididos da seguinte forma: o 7.º ano de escolaridade conta com quatro alunos; o 8.º ano dispõe de sete seminaristas; o 9.º ano tem seis estudantes; o 10.º ano possui oito inscritos; o 11.º ano conta com 13 alunos; e o 12.º ano dispõe de cinco seminaristas. O cónego Manuel Joaquim da Costa referiu que, «paralelamente aos estudos curriculares, os seminaristas podem contar, no Seminário, com formação espiritual e musical, que contempla disciplinas como Teoria da Música, Canto e Piano». O cónego Manuel Joaquim da Costa acabou por lançar o seguinte apelo: «há muita gente que não nos conhece. Gostaríamos que as visitas das paróquias ao Seminário Menor aumentassem e que o inverso também fosse possível. Os fiéis têm o direito e o dever de conhecer o nosso rosto». Viana quer criar um «presbitério em gestação» O Seminário Diocesano Frei Bartolomeu dos Mártires, de Viana do Castelo, também inicia no próximo domingo as actividades com os seminaristas “menores”, que frequentarão as aulas do 7.º ao 12.º anos de escolaridade. Os 17 estudantes, que irão estudar nas escolas públicas locais receberão, igualmente, formação musical complementar. Quanto à divisão dos adolescentes por anos escolares, refira-se o seguinte: o 7.º ano de escolaridade conta com um aluno; o 8.º ano dispõe de cinco seminaristas; o 9.º ano tem quatro estudantes; o 10.º ano possui quatro inscritos; o 11.º ano conta com um aluno; e o 12.º ano dispõe de dois seminaristas. Por outro lado, em relação à divisão por arciprestados diga-se que Caminha disponibiliza três seminaristas; Melgaço apoia a diocese com dois elementos; Monção colabora com um adolescente; Ponte da Barca envia para o Seminário dois estudantes; Ponte de Lima disponibiliza quatro seminaristas; e Viana do Castelo contribui com três formandos. O reitor do Seminário vianense contou ao DM que «se pretende criar, durante o ano, um “presbitério em gestação”. O objectivo passa por construir um verdadeiro espírito comunitário e isso só será possível se a equipa formadora for o modelo». O padre Alfredo de Sousa explicou que «os formadores, ao contrário da ideia corrente de que os Seminários servem apenas para disciplinar e para estudar, darão uma grande importância à vida espiritual dos seminaristas. Por se tratar de um grupo pequeno de formandos, é possível criar um clima formativo mais favorável e menos massificador. Costumo dizer, em tom de brincadeira, que “apenas consigo contar até vinte”…» Os seminaristas que entraram este ano são oriundos do período de pré-seminário, que dura cerca de dois anos. Trata-se de um tempo no qual a maturação se realiza no seio familiar. No estágio de admissão ao Seminário Diocesano, que se realizou em Julho, foram admitidos sete candidatos e decidiram ingressar na estrutura vianense quatro alunos. Recorde-se que, para além do padre Alfredo de Sousa, fazem parte da equipa formadora os sacerdotes João Paulo Vieira e Paulo Dias.

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