Arcebispo de Braga falou das instituições que preparam os futuros sacerdotes como «coração da diocese»
Braga, 03 nov 2022 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga presidiu esta segunda-feira à abertura solene do ano pastoral dos Seminários, que apresentou como o “coração da diocese”, incentivado os seminaristas a ter a “coragem de ser felizes”.
“A história do homem, no seio da história da salvação, é uma história de tropeços e obstáculos pelos caminhos da vida. Todavia, a fé garante-nos a certeza da felicidade prometida”, disse D. José Cordeiro, na homilia da celebração, publicada pela Arquidiocese de Braga.
Numa intervenção intitulada ‘Da vocação à conversão’, o arcebispo primaz explicou que “a conversão na vida não é fuga da vida”, e destacou o exemplo da personagem bíblica Zaqueu, que “não precisou de deixar tudo e seguir atrás de Jesus”, mas “continuar com um coração novo a comprometer-se com a família e com as suas obrigações”.
“A história do homem, no seio da história da salvação, é uma história de tropeços e obstáculos pelos caminhos da vida. Todavia, a fé garante-nos a certeza da felicidade prometida”, desenvolveu.
D. José Cordeiro indicou que “Jesus ressuscitado continua a chamar” e diz a cada um hoje “levanta-te e segue-Me”, e seguir Cristo compromete.
É uma escolha de vida ou de morte! Mas não há que ter medo, pois à semelhança do ‘Eis-me, envia-me’ de Isaías, a jovem de Nazaré Maria, no seu dinamismo total diante do Anjo do Senhor que a convidava para um extraordinário projeto, responde: ‘Eis-me’”.
O arcebispo de Braga lembrou que o Ano litúrgico e pastoral 2022/2023 desafia “a ser uma Igreja sinodal samaritana”, salientando que como na Parábola do Bom Samaritano, “não basta ver, cuidar, tocar, é preciso acompanhar”.
“Assim como a Zaqueu não lhe bastou erguer os olhos e ver Jesus, mas deixar-se erguer e ser visto por Jesus. Do encontro passa-se à conversão e ao seguimento e acompanhamento com Jesus e como Jesus”, acrescentou, na homilia.
Já na abertura solene dos Seminários Diocesanos e início do novo ano de formação, D. José Cordeiro recordou que o Seminário “é o coração da diocese, é o lugar onde se formam os padres, mas ele depende também das famílias, das comunidades cristãs, do presbitério”.
“Tem de estar cada vez mais interligado, em rede. Por isso olhámos o Seminário como o laboratório da esperança para o presente e para o futuro”, disse o responsável católico, no dia 30 de outubro, no Auditório São Frutuoso, inserido nas celebrações dos 450 anos do Seminário Conciliar de Braga.
Desde domingo, a Igreja Católica em Portugal está a celebrar a Semana de Oração pelos Seminários com o lema ‘Não te envergonhes de dar testemunho de Cristo’, até 6 de novembro.
Braga vai acolher um congresso internacional sobre a problemática dos Seminários Católicos, com o tema “Erguendo os olhos e vendo”, de 16 a 19 de novembro, no Auditório Vita.
CB/OC
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