Cardeal Patriarca de Lisboa, antigo aluno da instituição, participa nas comemorações agendadas para esta Terça-feira
Almada, Setúbal, 25 Jan (Ecclesia) – O Seminário de Almada, pertencente à diocese de Setúbal, assinala o seu 75.º aniversário esta Terça-feira, 25 de Janeiro, dia em que a Igreja Católica evoca a conversão do apóstolo São Paulo, patrono da instituição.
A efeméride conta com a participação do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, antigo aluno da instituição destinada à formação dos futuros padres, que profere a conferência intitulada ‘O Seminário na Igreja Comunhão para a Missão’.
O programa começa às 15h00 com o acolhimento aos antigos superiores, professores e alunos, prosseguindo com a visita às instalações, que acolhem uma exposição alusiva à abertura do Seminário.
Pelas 17h00 realiza-se a apresentação do livro: ‘Nos setenta e cinco anos do Seminário de Almada – um roteiro histórico-artístico’, seguida da conferência do Cardeal Patriarca.
Às 18h30 decorre a celebração da missa e de Vésperas, oração rezada pela Igreja Católica ao entardecer.
As comemorações continuam com um jantar e um convívio, terminando às 21h00 com um recital de música litúrgica por Rão Kyao, em que vai ser feito lançamento nacional do CD ‘Sopro de Vida’.
Fundada a 20 de Outubro de 1935, a instituição ocupa as instalações do convento dominicano de São Paulo de Almada, criado em 1569, e da respectiva quinta de aproximadamente 10 hectares, conjunto situado na margem Sul do Tejo, com vista para Lisboa.
Frei Luís de Sousa (cerca de 1555-1632) escreve que a localização é possuidora de um “tão formoso” e “tão bem assombrado horizonte”, que “confiadamente” se pode afirmar que “não há outro tal [sítio] em toda a redondeza da terra”.
A área e o edificado foram arrematados em praça pública em 1932, tendo sido doados ao patriarcado de Lisboa, já que Almada pertencia então àquela diocese.
As obras de restauro e adaptação, dirigidas pelo arquitecto Pardal Monteiro, terminaram a 6 de Janeiro de 1938, data em que o edifício atingiu as suas dimensões actuais.
Da equipa formadora inicial, constituída por sete padres, continua vivo o director espiritual, padre José Amaro, de 99 anos, que recentemente afirmou ao actual vice-reitor do Seminário ter vivido na instituição “os melhores dez anos” da sua vida.
Em 1986, 50 anos após a fundação, o Seminário tinha sido frequentado por 1944 alunos, dos quais 338 foram ordenados padres.
Entre os presbíteros formados na instituição foram nomeados cinco prelados: D. Francisco Antunes Santana (antigo bispo do Funchalj á falecido), D. João Alves (bispo emérito de Coimbra), D. José Policarpo, D. Albino Mamede Cleto, actual bispo de Coimbra e, precisamente hoje, D. Ildo Fortes, novo bispo do Mindelo (Cabo Verde).
Após a criação da diocese de Setúbal, em 1975 o Seminário de São Paulo continuou a pertencer ao Patriarcado de Lisboa, situação que se manteve até 1999.
Em carta dirigida a 1 de Janeiro de 2011 ao clero do Patriarcado de Lisboa, D. José Policarpo salienta que a diocese de Lisboa e muitos dos seus padres estão “profundamente ligados” à instituição.
Nos dez anos após a passagem para a diocese de Setúbal, frequentaram a instituição 23 seminaristas, dos quais 17 foram ordenados padres.
RM