Para o presidente do Tribunal de Contas «ninguém pode ficar preservado dos direitos fundamentais e da dignidade»
Porto, 23 nov 2012 (Ecclesia) – O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d´ Oliveira Martins, considerou, hoje, no Porto, que a preservação do Estado social “é fundamental” porque está demonstrado que uma das raízes da crise financeira reside no “agravamento das desigualdades”.
Na declaração aos jornalistas, durante a Semana Social que decorre no Porto, de hoje a domingo, Guilherme d’ Oliveira Martins referiu que este agravamento, que se assistiu nos últimos anos, se deve a “uma certa prevalência da ilusão contabilística”.
Com o tema «Estado Social e Sociedade Solidária», na Semana Social – reúne cerca de 300 participantes – o presidente do Tribunal de Contas disse que “ninguém pode ficar preservado dos direitos fundamentais e da dignidade”.
A disciplina financeira e orçamental é “extremamente importante” para que os “contribuintes saibam que o seu dinheiro é bem utilizado”, acentuou.
Para Guilherme d´Oliveira Martins é “indispensável que a vida democrática seja desenvolvida e aprofundada” e que a “concertação social seja um dado muito importante”.
“O sucesso da resposta à crise em Portugal e na Europa depende da articulação entre a melhoria do Estado Social e a participação ativa da sociedade”, avançou.
As semanas sociais são promovidas de três em três anos pela Conferência Episcopal Portuguesa, com a coordenação de um grupo presidido por Guilherme d’ Oliveira Martins, e composto, entre outros por Alfredo Bruto da Costa, Eugénio Fonseca, padre José Manuel Pereira de Almeida e Joaquim Azevedo.
LFS