D. Jorge Ortiga sublinha importância do trabalho da Igreja junto dos mais frágeis
Braga, 24 mar 2016 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga presidiu hoje na Sé loca à Missa da Ceia do Senhor, na qual defendeu o valor da vida e a sublinhou a importância do trabalho da Igreja junto dos mais frágeis.
“A vida tem sempre valor e nenhuma limitação física ou psicológica lhe retira dignidade”, declarou, numa homilia enviada à Agência ECCLESIA.
No início do Tríduo Pascal, D. Jorge Ortiga cumpriu o tradicional gesto do lava-pés, com seis pessoas pertencentes a Institutos Religiosos Missionários e ainda seis residentes do Instituto D. João Novais e Sousa, uma instituição criada pela Igreja.
“Esta é uma instituição que vive profundamente a hospitalidade cristã”, sublinhou o arcebispo primaz.
Para D. Jorge Ortiga, o Instituto D. João Novais e Sousa, que acompanha pessoas com deficiência e noutras situações de fragilidade, “diariamente proporciona felicidade através dos seus serviços prestados”.
“ Como seria bom que os cristãos tivessem gosto e soubessem saborear a alegria de servir quem, à partida, nunca agradecerá. A sociedade fraterna não é uma utopia”, desejou.
Segundo o responsável, a caridade “precisa de se materializar, de se fazer carne, em ordem a ser credível”.
D. Jorge Ortiga afirmou que se torna essencial refletir “sobre a Igreja enquanto comunidade que procura a comunhão e onde a diversidade das pessoas se torna complementaridade no relacionamento fraterno”.
As celebrações da Semana Santa em Braga prosseguem às 22h00 com a Procissão do Ecce Homo ou “Senhor da Cana Verde”, na Quinta-feira Santa, que evoca o julgamento de Jesus, ao mesmo tempo que celebra a misericórdia.
Abre o cortejo o grupo dos “farricocos”, com vestes de penitência, descalços e encapuçados, de cordas à cinta, como outrora os penitentes públicos, uns empunhando matracas e outros alçando fogaréus (taças com pinhas a arder).
Além de muitas figuras alegóricas da Ceia e do julgamento de Jesus, desde 2004 incorporam-se na procissão alegorias das catorze obras de misericórdia, bem como figuras históricas ligadas à fundação e à história das Misericórdias, especialmente à de Braga.
Já na Sexta-feira Santa, pelas 18h30, oo adro da igreja de Santa Cruz, em Braga, acolhe a encenação do “Descimento da Cruz”, pelo Grupo Cultural e Recreativo “Greculeme”, de Lemenhe, Braga.
OC