Papa repete fórmula de 2020, em confinamento por causa da pandemia, e preside à celebração de Sexta-feira Santa diante da Basílica de São Pedro
Cidade do Vaticano, 23 mar 2021 (Ecclesia) – O Papa confiou as reflexões da Via-Sacra de Sexta-feira Santa a um grupo de escuteiros da Úmbria, região central da Itália, e à paróquia romana dos Santos Mártires de Uganda, com meditações que vão ser acompanhadas por desenhos de crianças da capital italiana, anunciou hoje o Vaticano.
A celebração, que tradicionalmente decorre no Coliseu de Roma, vai ser transmitida pelos canais do Vaticano a partir das 21h00 (menos uma em Lisboa), a partir do adro da Basílica de São Pedro, à imagem do que aconteceu em 2020, também por causa da crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19.
As imagens que acompanham as 14 estações – os momentos do julgamento, condenação e morte de Jesus Cristo – são este ano desenhos feitos por crianças e jovens da casa-família “Mater Divini Amoris” e “Tetto Casal Fattoria”, ambas de Roma, a primeira dirigida pelas religiosas das Filhas de Nossa Senhora do Divino Amor e a segunda fundada por uma associação de voluntários.
O portal de notícias do Vaticano destaca a decisão do Papa de apresentar ao mundo “meditações e desenhos de algumas crianças e jovens, entre 3 e 19 anos” numa das cerimónias da Semana Santa, acompanha por milhões de pessoas em todo o mundo.
A celebração deste ano vai ser marcada por “palavras simples e imediatas, mas plenamente conscientes do significado de discriminação e humilhação, bem como de justiça e solidariedade” e “traços incisivos ou mal definidos para fixar com uma imagem a história salvadora do Filho de Deus”.
“Palavras e cores transmitem a complexidade de um mundo feito de pequenas e grandes cruzes, mas também de confiança e esperança para o futuro: quem vê os pais discutir; que não tem forças para defender um amigo em dificuldade; os que experimentam a sensação de fracasso num teste que correu mal na escola; aqueles que encontram coragem no abraço reconfortante de uma mãe; aqueles que sentem solidão, especialmente após a propagação da pandemia Covid-19; e quem pode ver o rosto de Jesus nas feições de um estrangeiro”, explica o ‘Vatican News’.
O portal de informação sublinha que o pároco da igreja dos Santos Mártires de Uganda, em Roma, é o padre Luigi D’Errico, referência diocesana para a pastoral das pessoas com deficiência.
OC