Semana Santa de Famalicão quer fortalecer laços familiares

O programa da Semana Santa de Vila Nova de Famalicão está organizado, este ano, para «ajudar a fortalecer os laços familiares », afirmou ontem o padre Vítor Novais, na conferência de imprensa de apresentação das solenidades. O pároco da cidade de Famalicão começou por dar uma nota explicativa do que deve significar a Semana Santa para os cristãos, indicando que a mesma deverá ser vista como «um convite à conversão, à mudança de vida, aliás como é o propósito do tempo quaresmal». Em sintonia com o programa paroquial e diocesano, a Semana Santa de Famalicão vai evidenciar o tema da “Família Solidária”, sendo que a mesma deverá ser vivida como um caminho para esse objectivo central da pastoral da Arquidiocese de Braga. «As tradições desta semana são ricas e não precisam de ser inovadas», destacou o sacerdote no encontro com os jornalistas. Apenas apelou para que cada cristão «seja capaz de fazer caminho, que as famílias sejam solidárias e que renasçam da Palavra de Deus». Organizada pela Confraria das Santas Chagas, a Semana Santa de Famalicão «propõe uma caminhada de fé, na qual as famílias são chamadas a percorrerem o caminho do Crucificado e, mais do que isso, do Ressuscitado », frisou o padre Vítor Novais, apelando para que estas solenidades sejam vividas «com serenidade e sentido de reflexão». Para o sacerdote, «uma comunidade que tenha oportunidade de fazer esta caminhada estará mais preparada para ser mais solidária e para conseguir ter famílias preparadas para os desafios do século XXI». A Confraria das Santas Chagas tem um novo juiz. Ao fim de largos anos, sai Mário Mesquita do cargo e entra para o seu lugar José Nogueira. Na hora da despedida, o padre Vítor Novais agradeceu o empenho demonstrado pelo juiz cessante, esperando que o mesmo continue a colaborar com a paróquia a outros níveis. Mário Mesquita disse que esta saída «não significa uma reforma antecipada», que saiu a seu pedido e que a paróquia pode continuar a contar com a sua colaboração como cristão que é. Quanto ao programa, Mário Mesquita salientou, para além das iniciativas religiosas, o concerto coral polifónico pelo Coro Polifónico da Lapa e da orquestra “Sine Nonime”, ambos do Porto, na Casa das Artes, na Quarta-feira Santa, às 21h30. O espectáculo tem um ingresso de sete euros e, segundo o juiz cessante, «vai ajudar a viver o espírito da Semana Santa». Ao contrário de outros anos, as solenidades da Sexta- feira Santa começam às 15h00. As procissões de quinta e sexta-feira têm início às 21h30, sendo que a primeira será presidida pelo Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga. Por seu turno, o novo juiz da Confraria das Santas Chagas revelou que foram contactadas as escolas da cidade, que decidiram participar nas procissões com a representação de vários quadros. Para além da participação de vários anos da Catequese, também os Escuteiros vão marcar presença nas procissões, como é já habitual. Como o destaque é dado ao tema da Família Solidária, a equipa da Pastoral Familiar vai integrar as procissões com a representação de uma alegoria da família, que abrirá o cortejo religioso. A propósito da polémica gerada em anos anteriores sobre a participação das duas corporações de bombeiros na procissão, o padre Vítor Novais disse apenas que os convites foram feitos e que aguarda, «com serenidade », que os mesmos sejam aceites ou não. «A paróquia tem o maior apreço por todas as instituições», frisou o sacerdote, acrescentando que «não haverá reacções positivas ou negativas » em caso de aceitação ou não dos convites já feitos.

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Agência ECCLESIA

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