D. Jorge Ortiga diz que é tempo de suscitar um «novo voluntariado cristão»
Braga, 02 abr 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga considerou, esta manhã, na homilia da missa crismal, que este é o tempo de “suscitar um novo voluntariado cristão”.
Na Sé de Braga, D. Jorge Ortiga sublinhou que este “voluntariado organizado e eficaz”, deve-se prolongar no tempo e ser “a diaconia da Igreja em alerta permanente”.
“As comunidades devem ser capazes de ouvir o grito do povo”, alertou o arcebispo de Braga.
Numa sociedade com “rostos de tristeza”, D. Jorge Ortiga lamenta “as situações dramáticas” que muitas famílias vivem devido ao desemprego.
A falta de trabalho “impede uma vida com qualidade, a instabilidade familiar cria situações de sofrimento, a pobreza cresce com artifícios para camuflar a vergonha, a exclusão social origina vidas sem sentido, a ânsia do gozo imediato suscita frustrações, ilusões e outras situações complexas”, apontou o prelado da arquidiocese minhota.
Perante a pergunta «Como pode o sacerdote consolar os tristes?», D. Jorge Ortiga pede aos padres para que estejam atentos e ofereçam algo “tão precioso quanto raro: o seu tempo”.
O padre deve “encontrar tempo para estar com as pessoas, tempo para ouvir, emocionar-se, tempo para percorrer as ruas e entrar nas casas, tempo para conhecer a vida através da escuta demorada e sem a preocupação de respostas imediatas”, indicou.
As “situações de luto” com que os padres lidam “são, a título de exemplo, campo fértil para se promover um olhar cristão sobre a realidade”, referiu o arcebispo de Braga.
“A sede de Deus, de tipo espiritual”, não deve distrair os padres “da necessidade de, materialmente, dar de beber a quem tem sede e de comer a quem tem fome”.
Perante a realidade dramática de muitas famílias, D. Jorge Ortiga pretende revitalizar os grupos sócio-caritativos nas paróquias.
LFS