D. António Francisco dos Santos aponta «Cirineus» na cidade Invicta junto dos sem abrigo e dos mais pobres
Porto, 04 abr 2015 (Ecclesia) – O Bispo do Porto lembrou esta sexta-feira o trabalho de “tantos Cirineus” que procuram aliviar a cruz de quem sofre nos dias de hoje a falta de emprego ou de alimento.
“Eram mais de 400 pessoas ali reunidas à volta da mesa. Algumas famílias inteiras com pais desempregados e filhos pequeninos. Vi no rosto e na alma de tantos voluntários, ali presentes, verdadeiros cireneus a aliviar a cruz de quem sofre”, relembrou D. António Francisco dos Santos na celebração da Paixão do Senhor.
O prelado contava aos fiéis reunidos na celebração a sua participação numa iniciativa na cidade do Porto, na véspera, que reuniu pessoas pobres e sem abrigo para uma ceia de Páscoa e comparou esse trabalho voluntário com a figura de Cirineu, que no percurso até ao calvário ajuda Jesus a levar a sua cruz.
“Não faltava ali o alimento nas mesas nem a alegria que a possibilidade de uma refeição abundante e servida com carinho sempre traz”.
Sem esconder a “tristeza” pela “pobreza estampada no rosto magoado de tanta gente”, o bispo do Porto apontou o trabalho dos voluntários como sinais de esperança.
“Acreditei ao ver tantos voluntários ali presentes que também, no Porto, os pobres têm cireneus disponíveis para aliviar a sua dor, saciar a sua fome, encontrar casa e procurar trabalho”.
Na cerimónia que assinalou a Paixão do Senhor, D. António Francisco dos Santos apontou “atitudes que redimem, gestos que salvam e lições de vida que ensinam caminhos de proximidade com os irmãos que sofrem”.
LS